Dália Negra
The Black Dahlia – Brian De Palma – 2006“Nada permanece enterrado para sempre. Nada”.
Eu sou um fã confesso de Brian De Palma, é um dos diretores de minha lista para fazer uma revisita em suas obras aqui no blog. De Palma é dos raros diretores, e aqueles que estou buscando colocar nessas retrospectivas que faço, que tem uma marca registrada, um jeito de filmar inigualável e original.
O caso verídico da Dália Negra (leia post abaixo) é colocado de lado pelo cineasta que concentra mais o roteiro no livro de James Ellroy, o mesmo autor do livro que deu origem ao longa Los Angeles – Cidade Proibida (2003). O que significa um filme mais “noir” e menos policial. Os eventos que finalizam a película são criações da mente do escritor, que teve a mãe assassinada num caso semelhante quando era ainda criança e ficou obcecado pelo ocorrido a Elizabeth Short.
Os elementos da filmografia de Brian De Palma, a grife De Palma, estão expressas nos excelentes planos visuais que buscam dar ao expectador o melhor olhar de cada cena, o suspense refinado, as femme fatales e a famosa cena da escadaria, com direito à câmera lenta e som de passos de salto alto, como nos magistrais Os Intocáveis (1987) e O Pagamento Final (1993), são retratados pelo diretor, um confesso voyeur da vida. O filme parte da amizade que se inicia entre dois policiais que são feitos rivais para uma luta de Box, Dwight Bleichert (Josh Hartnett) e Lee Blanchard (Aaron Eckhart) se reencontram alguns anos depois para trabalhar em alguns casos, entre eles o da Dália Negra, a aspirante à atriz e prostituta, Elizabeth Short (Mia Kirshner), que se envolveu perigosamente e sexualmente com a filha do milionário, empresário e empreiteiro Emmet Linscott (John Kavanagh), a sósia da Dália Negra, Madeleine Linscott (Hilary Swank). Entre a amizade dos dois policiais, uma garota, namorada de Lee que ele salvou de um bandido, Kay Lake (Scarlett Johansson). Assista ao trailer aqui.
Comentários
Do ponto de vista estético, o filme é muito bom. A fotografia, a direção de arte, os figurinos são ótimos.
Só acho que o De Palma poderia ter dispensado algumas cenas. O filme, às vezes, parece ser lento.
Quanto a lentidão do filme, se explica pelo senso noir que ele quis imprimir na pelicula. Ajuda a contar a história, perceba que nenhuma cena é gratuita e poderia ter sido excluida sem afetar a compreensão da história
P.S.: publiquei minha crítica e retornei os comentários, fique a vontade para criticar.
Eu sou suspeito para falar de De Palma, pois adoro até as bombas dele...