Como Hollywood anula conservadores e religiosos e manipula a horda progressista

 

“Você não vai trabalhar aqui (em Hollywood) nunca mais”. Alertou Mel Gibson ao astro do momento, Jim Caviezel, antes de começar as filmagens de A Paixão de Cristo (2004), o maior sucesso de público daquele ano e uma das maiores bilheterias da história do cinema. Caviezel já vinha de dois sucessos, Além da Linha Vermelha (1998) o retorno do recluso cineasta Terrence Malick e O Conde de Monte Cristo (2002) baseado no livro de Alexandre Dumas. Era o ator do momento e seus agentes não paravam de receber propostas.

Mel Gibson sabia do que falava. Seu épico sobre a história da morte e ressurreição de Nosso Senhor já vinha sofrendo boicotes ainda quando era um projeto. Passou por tentativas de mudanças no roteiro – que foi escrito pelo próprio, um católico fiel – e, por último, proibições de alguns países. Foi banido do Kuwait e do Bahrein e teve severas restrições na Malásia. Gibson precisou bancar o filme com seu próprio dinheiro.

Mesmo alertado Jim resolveu pagar para ver e o filme, além de mudar o rumo de sua carreira, transformou sua vida. Caviezel conta que as inicias dele são as mesmas de Jesus, JC, e que as idades eram as mesmas, 33 anos. “Não me diga que isso foi uma coincidência! Não existem coincidências. Eu continuo ouvindo sobre ‘acidentes’ e ‘golpes de sorte’. Secularização afeta o mundo inteiro, inclusive os EUA. Somente ateístas acreditam em coincidências. Não existe coincidência para Deus. Até mesmo quando Deus ressuscitou dos mortos, eles diziam que aconteceu por acidente”, disse o ator.

“Quando alguém não acredita em Deus, acredita em qualquer coisa” G.K. Chesterton

Hollywood parece ter medo (fobia) de filmes cristãos, católicos e religiosos, mesmo eles sendo estrondosos sucessos financeiramente. Os 10 Mandamentos (1956) e A Noviça Rebelde (1965) até hoje se sobressaem em listas das maiores bilheterias da história do cinema, assim como foi com A Paixão de Cristo, mesmo sendo falado em aramaico, ter tido indicação para maiores e ter sido, propositadamente, renegado das premiações que contribuiriam com um aumento significativo desse número. Aliás, até recentemente, a maior bilheteria de uma película com indicação era a produção de Mel Gibson, só ultrapassado por Deadpool (2018).

Apesar dos donos de estúdios historicamente serem judeus, não vem daí essa aversão ao Cristianismo. Em 1940, um comitê do Congresso norte-americano investigou atividades comunistas do sindicato dos roteiristas de Hollywood, recém criado. O resultado foi uma lista negra de escritores que, deliberadamente, colocavam ideias marxistas em seus roteiros. Elia Kazan, um membro arrependido desse grupo, comunista de carteirinha, delatou alguns de seus companheiros. Mais tarde todos foram perdoados, esquecidos, alguns viraram heróis. Dalton Trumbo, o próprio Kazan e outros seguiram suas vidas, ou seria seguiram sua causa?

Porém, é justamente quando eclodiu o poder dos roteiristas, que os filmes foram sofrendo uma influência cada vez mais evidente do comunismo. Foi em 1960, que uma greve dos roteiristas paralisou e mudou a indústria. Clamando por mais liberdade criativa, eles foram ficando cada vez mais fortes, poderosos e unidos. Com o anti-comunismo em baixa, foram se reorganizando e sendo mais discretos, inclusive se infiltrando em outras instituições da sociedade norte-americana. Em 1988 e, há pouco tempo, em 2007, eles fizeram outras greves, que serviram para demonstrar o poderio que eles exercem nas produções.

Hoje, a região da Califórnia é, praticamente, uma filial do partido democrata, que foi moldado por Hollywood desde a ascensão dos Kennedys, um clã que flertava com o glamour das estrelas de cinema, até o casal Obama, quase estrelas de cinema. Michele anunciou o vencedor do Oscar em 2013, numa bajulação ridícula e nonsense enquanto o país afundava em crise. Agora, a Senadora pela Califórnia, Kamala Harris, é a queridinha da vez. Hollywood trocou a religião pela revolução. E viva la causa.

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