A Árvore da Vida

The Tree of Life – Terrence Malick – 2011 (Cinemas em 3D)

Onde estavas quando eu lançava os fundamentos da Terra, quando as estrelas da manhã cantaram juntas, e todos os filhos de Deus gritavam de alegria? Jô 38:4,7

A árvore da vida representa o caráter cíclico da evolução. Vida, morte e regeneração. O elemento da árvore que mergulha no solo para fincar raízes enquanto que seus ramos buscam o alto é a representação da relação entre o céu e a terra. Para os egípcios a árvore significava a união entre vida e morte.

Não sei o que lhes dizer sobre A Árvore da Vida, pensei em compará-lo com Avatar, já que se trata do mesmo tema, mostrando a Cameron como se faz um filme sobre a natureza em 3D sendo pessoal e artístico – e sem precisar usar aqueles ridículos óculos de adolescente. Pensei em contar algumas cenas, como a do dinossauro que vê outra espécie caída, mas sai sem fazer nada. E pensei em traduzir a ópera Lacrimosa, de Zbigniew Preisner, um dos pontos emocionantes da película, mas nada disso iria chegar perto do que é a experiência de assistir ao filme de Malick.

Recluso, uma pessoa que não dá entrevistas, muito menos aparece ao público, e que tem longos hiatos na duradoura carreira, são 5 filmes em 38 anos de cinema, Terrence Malick é um cineasta que não quer agradar. Suas películas não tem pretensões, ou então ele mesmo as defenderia, algumas de suas cenas surgem do acaso – como uma mariposa que pousa na mão da protagonista, e suas produções usam e abusam da sugestão, imagens belíssimas e trilha sonora clássica (uma forma de fazer-nos usar o cérebro agradavelmente).

Comentários

Anônimo disse…
Cassiano, ainda não assisti "A Árvore da Vida", porque o filme não estreou em minha cidade. Mas, são opiniões como a sua que me fazem querer que esse filme chegue logo aqui!
Rafael W. disse…
Achei um filme lindão, mas muito pretensioso.

http://cinelupinha.blogspot.com/
Museu do Cinema disse…
Defina pretensioso, afinal todos filmes o são. Pretensão de fazer sucesso, pretensão de ser adorado, pretensão de ser algo...
ANTONIO NAHUD disse…
Belo filme!
Cumprimentos cinéfilos!

O Falcão Maltês
Victor disse…
Preciso ver logo! Como a crítica tem sido bem indecisa e intransigente, prefiro não pensar muito a respeito do filme, para assistir sem nenhuma restrição na hora.
Museu do Cinema disse…
Victor, desconfie desses "profissionais" q detonam o filme, afinal seu cineasta é um homem recluso e avesso a entrevistas, um pecado mortal pra essas pe$$oas.
Anônimo disse…
Olha, "esse desconfie desses "profissionais" que detonan o filme."


Acho muuito correto voce falar, afinal, voltando ao filme anterior. O próprio Lars Von Trier foi alvo de crítica. E ele ? Nem nem. Porque então nós temos que ligar?

Abraço.

http://thomaslumiere.blogspot.com/