Arizona Nunca Mais

Meu nome é H. I. McDunnough, pode me chamar de H. I. A primeira vez que encontrei Ed foi na prisão municipal de Tempe, Arizona”. H. I. (Nicolas Cage) se apaixona pela policial Edwin (Holly Hunter), encarregada de tirar suas fotos de prisão (mugshots). Apaixonado, ele resolve largar o mundo do crime e formar uma família com Ed. “Então um dia a casa caiu...No principio não acreditei que aquela mulher que parecia tão fértil quanto o vale do Mississipi, não podia parir. Mas o médico explicou que seu interior era como uma rocha, onde minha semente não encontraria morada. Ela estava inconsolável. Tentamos uma agência de adoções. Mas a biologia e o preconceito conspiraram para que ficássemos sem filho”.

Nasceram os quíntuplos do Arizona. Sua mãe, Florence Arizona passa bem, assim como seus cinco bebês. Florence é a esposa de Nathan Arizona, famoso empresário e dono das Lojas Arizona. Depois de 2 meses na incubadora do Hospital Maricopa County, os quíntuplos do Arizona vão para casa. Os bebês foram para casa em Tempe, com sua mãe e o pai. “É mais do que podemos suportar”. Brincou o pai na saída do hospital.

Raising Arizona – Joel e Ethan Coen – 1987 (DVD)

Já ouviu a do trem de prisioneiros que bateu contra um misturador de cimento? Doze prisioneiros durões escaparam.

Joel e Ethan Coen juntaram os dois parágrafos que iniciam esse post e fizeram um filme inesquecível. Uma comédia rica em detalhes, despretensiosa, mas inteligente, e com uma fotografia que fez a fama de Barry Sonnenfeld, que usou grandes lentes angulares e transformou a câmera em personagem, chegando até a pegar carona no carro dos McDunnough, só para obter um empurrãozinho até a expressão de H.I. (usando uma meia como mascara) saindo da loja de conveniências que acabara de assaltar.

Contando com uma das melhores trilhas sonoras que o excelente Carter Burwell fez para os Irmãos Coen – Ihhhhhhhhh Ouhhhhhhhhh, Arizona Nunca Mais é a primeira comédia de erros dos cineastas norte-americanos. Evidenciando de primeira o humor negro peculiar, e uma trama convencional, a película capricha numa edição acelerada e marcante de imagens muitas vezes surreais. A cena em que a câmera acompanha os fatos, como se fosse uma personagem, até chegar ao quarto dos bebês subindo por uma escada, é sensacional e foi uma homenagem a The Evil Dead (1981), onde Joel Coen trabalhou como editor para Sam Raimi.

Comentários

Kamila disse…
Cassiano, ainda não consegui assistir a este filme inteiro. Somente algumas partes, dentre elas a cena marcante do roubo das fraldas.
Rogerio disse…
Por um tempo procurei esse filme mas nao encontrei.Eh o proximo da lista.Legal a mençao de Evil Dead, adoro o filme.
Museu do Cinema disse…
Kamila, eu tb, peguei ele pelo meio umas duas vezes, e acabei até criando um pré-conceito ruim do filme. Mas vê-lo inteiro, ainda mais nessa sequencia q estou repetindo aqui no blog, foi uma experiência ótima.

Rogério, o Joel Coen é o responsavel pela edição de The Evil Dead.
Anônimo disse…
Gosto muito desse filme também, sem dúvida um dos mais divertidos da dupla. Não chega a ser um dos melhores deles, mas apresenta muitos aspectos interessantes.
Otavio Almeida disse…
Esse é o meu filme favorito dos Coen. Não entendo pq... mas é.

Abs!
Otavio Almeida disse…
E a trilha que vc citou é engraçadíssima e maravilhosa...
Museu do Cinema disse…
Sem duvida Vinicius.

Otávio, acho q vc já tinha comentado q era seu favorito aqui! A trilha eu sou suspeito para falar, pois adoro o Carter, para mim ele tá na lista dos melhores do cinema, junto a John Williams, Bernard Herrmann, Thomas Newman, Hans Zimmer e Nino Rota