Fonte da Vida
The Fountain – Darren Aronofsky – 2006 (Cinema)
“E assim o Senhor Deus expulsou Adão e Eva do jardim do Éden e plantou uma espada em fogo para proteger a árvore da vida”. Gênesis 3:24.
Dr. Creo (Hugh Jackman) é um neurocirurgião que procura desesperadamente a cura para o câncer. Sua busca tem uma razão, a doença de sua esposa, Izzy (Rachel Weisz), uma escritora que, perto da morte, está terminando um livro sobre a busca do homem à vida eterna na Espanha imperial.
No laboratório, presidido pela Dra. Lillian (Ellen Burstyn), Dr. Creo e sua equipe testam drogas em macacos. Um experimento (uma mistura com árvores da América do sul), faz o macaco rejuvenecer rapidamente, mas seus resultados são descartados pelo médico porque o tumor continua progredindo.
Termine!
O filme é interpretativo, fico espantado de ver várias críticas iguais sobre ele. Talvez dessa interpretação venha seu maior problema. Estamos acostumados a ver filmes auto-interpretativos, mastigados mesmo, e assistir a um filme que nos coloque para pensar é complicado. Aqui vai a minha interpretação:
Passado em três épocas distintas, que em nenhum momento é informada, mas fica claro, o presente é a luta do médico para curar sua esposa, sua obstinação na procura o faz se afastar dela, que escreve um livro. O livro, que no filme é o passado, conta à história da rainha da Espanha que manda um pequeno exército para a nova Espanha (América do Sul) juntamente a um padre para encontrar a árvore da vida, escondida pela civilização Maia. Até aqui temos um filme, o futuro é que é a parte interpretativa do filme, e aconselho a só ler depois de ver o filme.
Dr. Creo, enclausurado numa bolha gigante com a árvore da vida ao centro, vaga pelo espaço. Atormentado pelo fantasma da esposa, que repete para ele terminar, o Dr. Creo se utiliza da árvore da vida. Seu descaso com a esposa no passado o colocou numa órbita de loucura que só ele mesmo pode tira-lo. É nessa situação que ele passa a perceber que a morte é algo natural, que ele não tem, nem nunca terá o poder da vida, mas teve e perdeu o poder de viver, principalmente os pequenos e mais simples ao lado da esposa. No momento que ele percebe isso, ele termina o livro da esposa, quando o conquistador bebe da árvore da vida e morre, virando vida em plantas.
Isso explica também o Gênesis do início do filme. Deus, percebendo a falta de inteligência humana para lidar com a fonte da vida, acaba por protege-la para não trazer problemas.
“E assim o Senhor Deus expulsou Adão e Eva do jardim do Éden e plantou uma espada em fogo para proteger a árvore da vida”. Gênesis 3:24.
Dr. Creo (Hugh Jackman) é um neurocirurgião que procura desesperadamente a cura para o câncer. Sua busca tem uma razão, a doença de sua esposa, Izzy (Rachel Weisz), uma escritora que, perto da morte, está terminando um livro sobre a busca do homem à vida eterna na Espanha imperial.
No laboratório, presidido pela Dra. Lillian (Ellen Burstyn), Dr. Creo e sua equipe testam drogas em macacos. Um experimento (uma mistura com árvores da América do sul), faz o macaco rejuvenecer rapidamente, mas seus resultados são descartados pelo médico porque o tumor continua progredindo.
Termine!
O filme é interpretativo, fico espantado de ver várias críticas iguais sobre ele. Talvez dessa interpretação venha seu maior problema. Estamos acostumados a ver filmes auto-interpretativos, mastigados mesmo, e assistir a um filme que nos coloque para pensar é complicado. Aqui vai a minha interpretação:
Passado em três épocas distintas, que em nenhum momento é informada, mas fica claro, o presente é a luta do médico para curar sua esposa, sua obstinação na procura o faz se afastar dela, que escreve um livro. O livro, que no filme é o passado, conta à história da rainha da Espanha que manda um pequeno exército para a nova Espanha (América do Sul) juntamente a um padre para encontrar a árvore da vida, escondida pela civilização Maia. Até aqui temos um filme, o futuro é que é a parte interpretativa do filme, e aconselho a só ler depois de ver o filme.
Dr. Creo, enclausurado numa bolha gigante com a árvore da vida ao centro, vaga pelo espaço. Atormentado pelo fantasma da esposa, que repete para ele terminar, o Dr. Creo se utiliza da árvore da vida. Seu descaso com a esposa no passado o colocou numa órbita de loucura que só ele mesmo pode tira-lo. É nessa situação que ele passa a perceber que a morte é algo natural, que ele não tem, nem nunca terá o poder da vida, mas teve e perdeu o poder de viver, principalmente os pequenos e mais simples ao lado da esposa. No momento que ele percebe isso, ele termina o livro da esposa, quando o conquistador bebe da árvore da vida e morre, virando vida em plantas.
Isso explica também o Gênesis do início do filme. Deus, percebendo a falta de inteligência humana para lidar com a fonte da vida, acaba por protege-la para não trazer problemas.
As cenas e imagens do filme impressionam, o cuidado com a produção (arte, cenários e figurinos, maquiagem e fotografia) é digna de reconhecimentos. Outra parte excelente da pelicula é a maravilhosa trilha, que pontua todo o filme, composta por Clint Mansell, colaborador do cineasta, e executada pela banda escocesa Mogwai.
Comentários
Cheguei até a ler um post de um cara que disse que precisava pensar muito no filme antes de escrever qualquer coisa a respeito dele. E ele continua sem escrever até agora sobre o que viu....
E outras coisas mais que se contar estraga a surpresa! Mas o filme é ótimo, e nos deixa a sensação de que cinema pode e deve ser mais que puro entretenimento! Esses filmes estão nos dando preguiça de pensar.
Assim que o assistir comento seu post. Ah, vai ter coluna nessa semana? abraço forte!
Quanto a coluna amanhã te mando.