O Código Da Vinci
“O que realmente importa é aquilo em que você acredita”.
Vibrante! Uma obra-prima! O filme O Código da Vinci consegue exprimir, em 2 horas e meia, as partes mais reveladoras do intrigante, maravilhoso e complexo livro. Para tanto, o próprio Brown, que fez uma pesquisa de 4 anos para o livro, participou de todo o processo da película. Inclusive fazendo uma homenagem aberta a Victor Hugo, autor de Les Miserables, e que no livro era mais 1 membro do priorado de Sião. Paris, que, depois desse filme, se tornará a nova coqueluche dos cineastas, é parte integrante da trama, assim como no livro, a cidade luz ganha personalidade e ainda a áurea real.
“Sob estrelado céu descansa em paz”.
Inacreditavelmente visível, é o show dos atores na tela, com exceção de Alfred Molina (Bispo Manuel Aringarosa) - parece que foi o único que não leu o livro, ou se leu, odiou a personagem. O resto do elenco parece ter sido escolhido por Brown, antes mesmo de escrever o livro, tamanha a identificação. Portanto Robert Langdon é Tom Hanks, o professor que no inicio do filme mostra o espetáculo que é o fenômeno Da Vinci/Dan Brown ao redor do mundo numa palestra de cair o queixo do mundo inteiro. Ron Howard pede licença para deixar Brown brilhar, e o seu mérito é enorme com esse gesto. Como um ótimo jogador de futebol, ele prefere não brilhar para ver o gênio do time fazendo jogadas maravilhosas. O santo graal é mesmo Dan Brown. Esse norte-americano católico de 42 anos criou sua segunda obra de arte com o filme. E sim, ele é católico, muito mais que muitos que se dizem seguidores.
“Tão sombria a traição dos homens”.
Na pele de Sophie Neveu, Audrey Tautou nunca mais terá um papel tão belo em sua carreira. A pequena francesa, de olhar perdido e tímida, quando abre a boca e ouvimos sua voz se transforma. Audrey é a maior responsável pela parte romântica do filme, seus pequenos gestos e nuances para o gentleman Langdon, são raríssimos no cinema mundial. Singela e elegante, faz lembrar Audrey Hepburn.
Como uma criança que acabou de receber seu primeiro brinquedo, o Sir. Ian McKellen, ou também conhecido por Sir Leigh Teabing, consegue fazer com que, em nenhum momento, nas cenas onde tem sua presença, consigamos desgrudar olhos e ouvidos à sua pessoa. Sua presença é tão grande que mesmo quando não estamos lhe vendo, e nesse caso para quem leu o livro, sentimos que ele está no local. É dele também os momentos mais descontraídos do imenso puzzle de Brown.
Ian McKellen nos traz também a sensação de toda a polêmica que deve gerar o filme com seu discurso contra a igreja católica. Sua teoria só perde poder no momento mais doce e tocante da película, que todos deverão saber qual é.
“Pouco conhecimento faz com que as criaturas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam humildes”. Leonardo Da Vinci
Comentários
Discordo de você, Cassiano, principalmente sobre os atores. Achei a Audrey péssima em alguns momentos. O Tom Hanks estava muito apático, nem parecia que era a estrela do filme. Os melhores foram o Ian McKellen e o Paul Bettany. Não dá para fazer uma avaliação mais profunda do Alfred Molina, pois ele nem aparece tanto assim, mas eu gostei do que eu vi.
O filme "O Código da Vinci" não é vibrante. É um bom filme e ponto. Não atrairá muito a atenção nas premiações. Talvez a trilha sonora tenha mais chances de ser indicada à alguma coisa.
Para mim, o momento mais vibrante de ter assistido ao "Código Da Vinci" foi poder assistir novamente ao trailer de "World Trade Center", o próximo filme do Oliver Stone. Nem parece que esse será um filme dele, a história parece que vai ser contada de forma nua e crua sem qualquer efeito louco de edição ou coisa assim. Meus olhos se encheram de lágrimas. Esse será o grande filme do ano. Tchau, tchau "O Código da Vinci".
Tenho lido muito os comentários sobre o filme, 99% deles contra é verdade, mas me insiro no pequeno percentual, menor que 1%, que achou o filme tão maravilhoso quanto o filme. Já li comentários tão absurdos que falam sobre a facilidade que é fazer sucesso juntando os argumentos q Brown fez ao escrever o livro!? Imagina, se fosse tão fácil pq ninguém fez antes? pelo contrário, se vc for numa livraria qualquer verá que os lançamentos recentes buscam seguir a cartilha Brown de escrever.
Quando vc comenta que faltou falar sobre a parte histórica do livro, pensei logo nos momentos de flashbacks do filme, mas entendi que não seja isso, é a parte mais complexa, como as teorias conspiratórias. Tb gostaria de ve-las no filme, mas acho que se tornaria um documentário. De resto estamos com o mesmo pensamento.
Só mais uma coisinha, li em algum lugar que não me lembro mais, uma tese que derruba todo o filme/livro. Já pensou se em vez de procurar a senha do criptex, eles resolvessem congela-lo?
E o que as pessoas acham da obra dele ?