Porque ainda ouvimos artistas sobre assuntos importantes

Um dos maiores filósofos brasileiros, Mário Ferreira dos Santos, dizia: "Um dos sinais de decadência de uma sociedade é quando, em assuntos importantes, a população passa a dar ouvidos a artistas e atletas". O próprio ator britânico Anthony Hopkins já invocou: "atores não devem se levar a sério. Não somos importantes. Somos palhaços, só isso. Atores que se acham importantes me irritam profundamente". Seu colega, o humorista Rick Gervais, fez um discurso histórico no Globo de Ouro colocando os atores em pé de igualdade com a ativista infantil, "Se a o grupo terrorista ISIS abrisse um serviço de streaming vocês ligariam pro agente (...) muitos de vocês passaram menos tempo na escola que a Greta Thunberg (...) vocês não estão em posição para dar lição para o público".

Celebridade costuma dar exemplo do que não se deve fazer. Quem não se lembra do casamento biônico da Sandra Bullock com o autoproclamado nazista, Jesse James? E Anne Hathaway e seu relacionamento de 4 anos com o italiano Raffaello Follieri, preso por lavagem de dinheiro? E as insinuações de violência doméstica de Amber Heard contra Johnny Depp (com direito a divulgação de foto do arsenal narcótico do ator), E Madonna e Robin Wright contra Sean Penn e ainda a Denise Richards e sua relação tóxica com o problemático Charlie Sheen? Tem também o assassinato do mafioso Johnny Stompanato pela filha de Lana Turner após uma briga com a atriz, na noite do Oscar. E o envolvimento emocional de Meryl Streep com Harvey Weinstein, a quem chamava de Deus. E os vários atores amigos e frequentadores da ilha da pedofilia, juntamente com Bill Clinton, do pedófilo Jeffrey Epstein? Enfim, a lista de escândalos é imensa.

Um dos momentos mais ridículos da história de Hollywood se deu no Oscar de 1973 quando o ator Marlon Brando, premiado por sua soberba atuação no clássico O Poderoso Chefão (1973), recusou a receber a estatueta mandando uma índia apache para protestar contra o tratamento do cinema norte-americano aos indígenas. Mais tarde descobriu-se que a índia era na verdade uma atriz com nenhuma ligação com os nativos.

No Brasil, as coisas não são diferentes, a lista de artistas "politizados" é extensa, 99% deles de esquerda. É comum ver artigos da extrema-imprensa ressaltando eles como "intelectuais", mas quando você vai ler os nomes são do elenco da novela das 9. As redes sociais então são a farra deles. Estão lá espalhando fake news sobre agrotóxicos, vídeo onde fazem necrofilia política com as mortes por COVID19, ou o assunto preferido de 9 de cada 10 artistas, o clima da Terra (pensou que era o Presidente né). Os escândalos também não ficam para trás, Fábio Assunção, Marcelo Antony, o ex-jogador Casagrande e Thiago Lacerda são alguns com ficha na polícia e ávida disposição para argumentar sobre política socialista sentados nas suas fortunas capitalistas.

O fato é que artistas são uma espécie de espelho para a sociedade, tanto que muitas empresas não pensam duas vezes para associar suas marcas a eles, porém de onde vem essa vontade de seguir tendências replicadas por atores, como por exemplo a postagem da foto com fundo preto em homenagem ao violento movimento Black Lives Matters? Muitos psicólogos analisam que as celebridades são extensões da família, sem os problemas, pessoas que depositamos nossas frustrações resultando em seres que presumimos perfeição.

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