Dois Papas


















Two Popes - Fernando Meirelles - 2019 (Netflix)

Assistir Dois Papas é uma experiência fabulosa para saber como funciona a guerra cultural. A começar por diálogos tirados da cabeça de uma criança fazendo sua primeira peça teatral da escola, um diretor abertamente agnóstico e socialista praticante (foi responsável pela campanha pífia da ex-ministra comunista Marina Silva) e uma incrível capacidade em falsear a realidade em época que a verdade está disponível na palma da mão.

É mais uma estória para agradar a opinião pública manipulada por uma mídia mainstream progressista, principais responsáveis pela queda de Bento XVI. É mais um revisionismo da esquerda para continuar moldando a sociedade.

O filme é editado em várias mentiras, ditas, espertamente, como baseado em fatos reais para aumentar o numero de espectadores. 1° mentira: os Papas nunca foram amigos, portanto o filme já é 70% fantasia. 2° mentira: Bento XVI era um Papa extremamente popular, é só ver fotos da época e comprovar como levava multidões as ruas, veja aqui em Madrid. 3° mentira: Bento XVI foi muito a fundo na questão de pedofilia dentro da igreja, aliás, Bergoglio atualmente continua tendo os mesmos problemas.

Pra encerrar, é só lamentar e corar de vergonha com duas cenas, a do Múleo, o sapato vermelho do Papa, que foi um ato de humildade de Bento XVI, alemão, com a adoção da tradição italiana. E a forçação de barra de Meirelles em colocar a imagem da ex-presidente impichada na tela durante a Copa do Brasil, omitindo as vaias, obviamente.

"Quem assume um ministério Petrino não tem mais nenhuma privacidade, ele pertencerá sempre, e totalmente, a todos, a toda a Igreja. Sempre, significa também para sempre, não a mais como voltar à vida privada. Minha decisão de renunciar ao exercício ativo do ministério não revoga isso. Não voltarei à vida privada. Não abandonarei a cruz, mas permanecerei de uma maneira nova perto do Senhor crucificado. Não carregarei mais o poder do ofício no governo da Igreja, mas no serviço da oração eu permanecerei".

Discurso de renuncia do Papa Bento XVI.

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