Elle

Elle - Paul Verhoeven - 2016 (Cinemas)

Quando o cineasta holandês Paul Verhoeven ganhou notoriedade no mundo com Robocop (1987) muitos críticos antenados diziam se tratar de um grande diretor, com filmes brilhantes feitos em seu país natal. Os anos se passaram, veio seu grande blockbuster, e elogiado também pela critica - Instinto Selvagem (1992), alguns fracassos e a conseqüente volta a sua terra.

Elle é baseado num romance do popular escritor Philippe Djian. E tinha como planejamento ser um filme norte-americano, mas a recusa de grandes atrizes assim que liam o roteiro - Nicole Kidman, Diane Lane, Kate Winslet e Sharon Stone, acabou levando a produção à França e a Isabelle Huppert.

Paul Verhoeven decidiu então estudar francês e contratar toda a equipe da terra da bastilha para Elle, exceto seu assistente Mita de Groot e o editor Job ter Burg.

Michèle (Huppert) é uma executiva de uma empresa de videogames violentos. Um dia ela é estuprada dentro de sua casa por um homem de máscara. Apesar do trauma, ela decide não dar queixa a polícia, e começa a desconfiar de pessoas que fazem parte de seu circulo social quando lhe enviam parte do jogo que desenvolve com seu rosto numa cena de estupro.

Elle traz um Paul Verhoeven mais maduro, menos norte-americano e mais europeu, brilha também a presença da grande atriz Isabelle Huppert que transforma a película em sua a partir do primeiro frame que ela entra. A certo ponto nos perguntamos: Será um filme do Verhoeven ou mais um protagonizado pela Huppert?

Comentários

Alex Gonçalves disse…
Assisti a "Elle" duas vezes durante a última Mostra de São Paulo e o desejo para visitá-lo uma terceira vez deve ser saciado se ele entrar em uma retrospectiva também daqui de melhores filmes. Meu único senão é com uma conclusão por demais conciliatória, mas o resultado é de uma perversidade deliciosa. Parece que o Verhoeven já está discutindo com o produtor francês um novo projeto. Tomara que aconteça. É um crime um diretor como o holandês ficar tantos anos sem filmar.