O Jogo da Imitação

The Imitation Game – Morten Tyldum – 2014

Isto é para os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. As peças redondas nos buracos quadrados. Os que veem as coisas de forma diferente. Eles não gostam de regras. E eles não têm nenhum respeito pelo status quo. Você pode citá-los, discorda-los, glorificá-los ou difamá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Eles empurram a raça humana para frente. Enquanto alguns os veem como loucos, nós vemos gênios. Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo, são as que de fato, mudam.

Em 1997 a Apple Computer levou ao ar um comercial que idolatrava nomes como Einstein, Bob Dylan, Martin Luther King Jr, Richard Branson, John Lennon, entre outros, enquanto o narrador discreteava, quase sussurrava o texto acima. À época a empresa de Steve Jobs não sabia, mas tinha um nome que deveria estar ali um pouco mais que os outros, e não era o de seu fundador.

Alan Turing, um gênio matemático com dificuldades de relacionamentos interpessoais, é convidado pelo governo britânico e o MI6 para quebrar o Enigma, um código inquebrável e mutável a cada 60 dias criado pelas forças nazistas na II Guerra Mundial.

O guia do bom roteiro imaginário diz em seu capitulo 12, artigo 3, norma 22,  que uma história deve seguir a ideia de começar com algo que desperte a atenção do leitor (espectador), desenvolva a ideia criando fatos e argumentos que corroboram com a premissa, e finalize com algo grandioso ou pontual. Graham Moore parece lecionar sobre isso no filme.

O cineasta norueguês Morten Tyldum faz seu debut na indústria cinematográfica no melhor estilo Alemanha 7 x 1 Brasil, ou seja, chega copiando o antigo e famoso sistema, ao mesmo tempo que nem leva em consideração o atual, passa por cima. Ele é diretor do excelente policial (gênero norte-americano, olha ai) Headhunters (2011).

Abaixo reproduzo o anúncio do New York Times, que já reproduzia o Daily Telegraph de 1942 com o quebra-cabeça criado por Turing, retratado no filme. Eu consegui! Encontrar para compartilhar com vocês.

Comentários

Kamila Azevedo disse…
Cassiano, achei "O Jogo da Imitação" um filme acadêmico demais, certinho demais, mas a história que conta é sensacional, especialmente quando reflete a forma como a Inglaterra tratava os homossexuais naquele período.