A Separação

Jodaeiye Nader az Simin – Asghar Farhadi – 2011 (Amanhã nos melhores cinemas)

Minha única crítica ao filme é quanto a sua teoria simplista para os acontecimentos narrados derivado do pedido de separação do casal Simin (Leila Hatami) e Nader (Peyman Moaadi). Ela quer deixar o Irã, mas o marido desiste porque o pai sofre de Alzheimer. Simin então pede o divórcio, e a filha adolescente do casal, Termeh (Sarina Farhadi – filha do diretor) escolhe ficar com o pai.

A Separação é uma película que tem seu ponto alto nos diálogos, ganhou o Urso de ouro no Festival de Berlim, e venceu o Globo de Ouro de filme estrangeiro, chamando a atenção para o Irã, cuja relação com os Estados Unidos estão estremecidas por suspeitas de fabricação de bombas atômicas, ditadura e sanções econômicas por parte norte-americana.

Os cineastas iranianos, que convivem com o pesadelo de serem presos dependendo do conteúdo de suas obras, estão preocupados com essa exposição, já que tudo só é feito a partir da aprovação do Ministério da Cultura e Orientação Islâmica. A Separação sofreu com essa censura quando teve as filmagens interrompidas pelo ministro, devido a um discurso de Asghar Farhadi num festival de cinema sobre a repreensão cultural do país.

Farhadi já demonstrou seu receio não cumprimentando a cantora Madonna na entrega do prêmio da imprensa estrangeira de Hollywood. O Islã proíbe contato entre homens e mulheres que não sejam casados. Agora é aguardar seu comportamento no Oscar.

Comentários

Linderval Souza disse…
Depois que li esta postagem fiquei interessado em ver este filme.
Kamila disse…
Esse parece ser um filme muito interessante. Super elogiadíssimo, e não e a toa que tem sido considerado o grande favorito ao Oscar 2012 de Melhor Filme Estrangeiro.