O Eclipse
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvPnOcRkvp3aFJz3DVPMZHDGuGxdLUIVUTPryt7y07OBWO4oUJ_uHFwdiFEGgAU3yAgcoGFZnvkt9NGXQWFmYDAtWJkUP3lqeZKa0XHOQEWKAiQFV4GbXuhV3jhVDoGu1HNRdMsA/s400/O+Eclipse00.jpg)
Gostaria de não amá-lo ou amá-lo muito melhor.
Para Antonioni, que estava obcecado filmando um documentário sobre o eclipse do sol em Florença, existe um significado importante nesse acontecimento da natureza: “Tudo o que consigo pensar é que, durante o eclipse, provavelmente até os sentimentos ficarão parados”. E, de algum modo, o filme surgiu daí.
Alguma certeza deve porém existir, se não a de amar bem, ao menos a de não amar.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX0lG7Dk9UfHzrLWSKmpskCP30F6yKb6XwklTMw0KWZpmLK-y7eLNjHJLlt9_-1PGERGb1H8Lw8L-xjirx5oVig-W7y72KpwSCXDhtU8tBZfrLIPmBDeT-Fjp4jwvJlwaG-vhbdw/s400/O+Eclipse01.jpg)
Vittoria parte atrás da mãe, uma investidora compulsiva, na bolsa de valores, lá não conseguem conversar direito, e ela acaba conhecendo o corretor Piero (Alain Delon) e surge um interesse romântico.
O dinheiro é o elemento externo que indiretamente afeta todas as relações, inclusive a sexual.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmp7yjjm7LqebMNsfNPHUFI9lYP8K8juVB2t6AzHdlIXQklWIZTiRm6YRgrMh5yjLBbkE5TEpS6oZKDyGrPAJr-XUQRqWyT2BqvWM_MP9DKkYViL5prGgx5OIsgFT-FflZYojl4A/s400/O+Eclipse03.jpg)
O filme marca o fim da chamada trilogia da incomunicabilidade, que começou com A Aventura (1960), e passou por A Noite (1961). E mais uma vez o trabalho do diretor de fotografia Gianni Di Venanzo é primoroso.
A cena final é mais uma obra-prima do mestre Antonioni, é quase uma parte fora do filme, cheia de cortes e interpretações, a última seqüência realça ainda mais o trabalho de Gianni.
Apesar das poucas músicas em sua filmografia, O Eclipse é recheado de canções e trilhas incidentais. A cantora italiana, famosa nos anos 60 e 70, Mina, gravou L’eclisse Twist, canção que abre os créditos, enquanto a película é pontuada pelas composições de Giovanni Fusco, constante colaborador do cineasta.
Comentários