Crimes d’Alma

“O universo não é nada, senão amor”. Foscolo.
Um filme de Michelangelo Antonioni é sinônimo de obra-prima. Não estou falando que todas as suas películas sejam perfeitas, mas é notável que a grande maioria de suas produções estão no topo dos maiores do cinema mundial, desconfie de qualquer lista que fuja a esta regra.
Crônica de um Amor (não vão pelo título nacional) é mais um do mestre classificado como obra-prima. Sua temática que mistura neo-realismo italiano, film noir, e Antonionismo é uma clássica história de amor mesclada nesses temas.

Sempre que penso nisso, aquela comédia me vem a mente...como se chama?... Bom, dizia que o amor de uma mulher pelo marido se mede pelas enxaquecas.


Michelangelo Antonioni afirmou que a trama girava em torno da questão financeira numa entrevista em 1980: “O filme trata de dinheiro, e o que me recordo de mim mesmo àquela época era que não o tinha. E isto é muito importante, no que acredito que o enfoque da história tivera esse ponto de vista”.

Crônica de um Amor é o primeiro longa-metragem de Antonioni, e é uma grande mostra do que viria a ser sua filmografia como cineasta. Optando por usar tomadas únicas, movimentos coreografados e câmeras imóveis e voyeurísticas, o diretor italiano chama a atenção da bíblia cinematográfica Cahiers du Cinéma que discorre um artigo sobre uma tomada longa e sem cortes, mas altamente necessária, em uma ponte onde os protagonistas ficam em conflito quando enfrentam a realidade do plano que elaboraram. A cena é espetacular e genial. Ela traça uma tomada que começa de um ponto e num movimento de 360º termina do ponto que se originou. Vejam (ou babem) com os seus próprios olhos.
Comentários
Abs!
Cultura? O lugar é aqui:
http://culturaexmachina.blogspot.com
A cena é muito bem planejada. Demais!
Abs!