Nine
Nine – Rob Marshall – 2009 (Cinemas)
Durante a coletiva de imprensa do filme, os jornalistas esperavam ansiosos para conhecer mais de Nine, o diretor, porém não queria passar nenhuma informação. Cada vez que falamos do filme ele morre, dizia ele num inglês carregado de sotaque italiano. Dissertando sobre o prejuízo que se tem quando o cineasta fica comentando sobre sua obra, ele é questionado sobre sua massa preferida. Enfim uma pergunta séria! Grita para todos caírem na gargalhada. A cena é a abertura de Nine, mas dá para enxergar, no imaginário cinéfilo de todos nós, a figura de Federico Fellini.
Tenho uma imensa lacuna como cinéfilo, não vi 8½ (1963). Talvez seja até imperdoável esse crime, mas a verdade é que Nine vai me fazer amenizar isso, pois meu próximo filme a ser visto será 8½ (1963) de Federico Fellini.Quem acompanha o Museu sabe de minha paixão pelo cinema italiano. Eu amo o preto e branco, eu amo as luzes e iluminação, o modo como o cineasta coloca uma imagem num prisma, e enxergo neo-realismo em tudo, eu amo o cinema italiano, como diz a letra da belíssima música “Cinema Italiano”, maravilhosamente interpretada – pra minha surpresa – por Kate Hudson. Nine é carregado de cinefilia, é uma justa homenagem ao cinema italiano, e um tributo a Federico Fellini.Nine surgiu primeiro como uma peça de teatro, já encenado por Raul Julia e Antonio Banderas, ganhou um roteiro de Anthony Minguella antes de vir a falecer. Sua sinopse segue a mesma de 8½ (1963), um cineasta em crise criativa vai enrolando produtor, equipe e atriz enquanto se refugia e tem alucinações com as mulheres de sua vida. Ou seja, uma biografia da vida de Federico Fellini.As mulheres do filme é um assunto à parte. Kate Hudson, interpretando uma jornalista secundária, nos brinda com uma performance digna de diva da música. A cantora Fergie, interpretando uma prostituta secundária, nos brinda com uma performance digna de diva do cinema. Sophia Loren, como a mãe do pequeno Guido, nos brinda com sua presença, precisa mais que isso? A Dama Judi Dench, atriz irretocável, interpreta a figurinista do diretor, imaginem vocês que ela até canta muito bem, uma atriz pra lá de completa. Penélope Cruz até parece estar num filme de Pedro Almódovar. Interpreta a amante de Guido. Já Nicole Kidman faz a musa dele, está linda e radiante, fez o filme logo após o nascimento de sua filha. E claro, Marion Cottilard, dignificando Giulietta Masina, sua presença é garantia de qualidade. Mas o filme é de Daniel Day-Lewis. Ele nos dá mais um show. Talvez a melhor de sua nada humilde carreira, Guido Contini possui a elegância, a inteligência e o drama criativo de Federico Fellini.Também não poderia deixar de falar do australiano Dion Beebe, o diretor de fotografia da pelicula. Seu trabalho é primoroso. As imagens saltam da tela, os flashes pipocam como estrelas no céu, as lantejoulas brilham como vagalumes no escuro, não sei definir o que é mais bonito, se o colorido do filme, ou o preto e branco. Um trabalho para se guardar definitivamente. De onde Gianni Di Venanzo, diretor de fotografia de 8½ (1963), estiver, estará aplaudindo. Assim como il maestro.
Durante a coletiva de imprensa do filme, os jornalistas esperavam ansiosos para conhecer mais de Nine, o diretor, porém não queria passar nenhuma informação. Cada vez que falamos do filme ele morre, dizia ele num inglês carregado de sotaque italiano. Dissertando sobre o prejuízo que se tem quando o cineasta fica comentando sobre sua obra, ele é questionado sobre sua massa preferida. Enfim uma pergunta séria! Grita para todos caírem na gargalhada. A cena é a abertura de Nine, mas dá para enxergar, no imaginário cinéfilo de todos nós, a figura de Federico Fellini.
Tenho uma imensa lacuna como cinéfilo, não vi 8½ (1963). Talvez seja até imperdoável esse crime, mas a verdade é que Nine vai me fazer amenizar isso, pois meu próximo filme a ser visto será 8½ (1963) de Federico Fellini.Quem acompanha o Museu sabe de minha paixão pelo cinema italiano. Eu amo o preto e branco, eu amo as luzes e iluminação, o modo como o cineasta coloca uma imagem num prisma, e enxergo neo-realismo em tudo, eu amo o cinema italiano, como diz a letra da belíssima música “Cinema Italiano”, maravilhosamente interpretada – pra minha surpresa – por Kate Hudson. Nine é carregado de cinefilia, é uma justa homenagem ao cinema italiano, e um tributo a Federico Fellini.Nine surgiu primeiro como uma peça de teatro, já encenado por Raul Julia e Antonio Banderas, ganhou um roteiro de Anthony Minguella antes de vir a falecer. Sua sinopse segue a mesma de 8½ (1963), um cineasta em crise criativa vai enrolando produtor, equipe e atriz enquanto se refugia e tem alucinações com as mulheres de sua vida. Ou seja, uma biografia da vida de Federico Fellini.As mulheres do filme é um assunto à parte. Kate Hudson, interpretando uma jornalista secundária, nos brinda com uma performance digna de diva da música. A cantora Fergie, interpretando uma prostituta secundária, nos brinda com uma performance digna de diva do cinema. Sophia Loren, como a mãe do pequeno Guido, nos brinda com sua presença, precisa mais que isso? A Dama Judi Dench, atriz irretocável, interpreta a figurinista do diretor, imaginem vocês que ela até canta muito bem, uma atriz pra lá de completa. Penélope Cruz até parece estar num filme de Pedro Almódovar. Interpreta a amante de Guido. Já Nicole Kidman faz a musa dele, está linda e radiante, fez o filme logo após o nascimento de sua filha. E claro, Marion Cottilard, dignificando Giulietta Masina, sua presença é garantia de qualidade. Mas o filme é de Daniel Day-Lewis. Ele nos dá mais um show. Talvez a melhor de sua nada humilde carreira, Guido Contini possui a elegância, a inteligência e o drama criativo de Federico Fellini.Também não poderia deixar de falar do australiano Dion Beebe, o diretor de fotografia da pelicula. Seu trabalho é primoroso. As imagens saltam da tela, os flashes pipocam como estrelas no céu, as lantejoulas brilham como vagalumes no escuro, não sei definir o que é mais bonito, se o colorido do filme, ou o preto e branco. Um trabalho para se guardar definitivamente. De onde Gianni Di Venanzo, diretor de fotografia de 8½ (1963), estiver, estará aplaudindo. Assim como il maestro.
Video de Cinema Italiano, com imagens do filme:
Comentários
Nao adianta elogiar que nao sinto vontade de conferir.
Parabéns pelo blog, abs!