Cena de Cinema: A Fita Branca
A Fita Branca (Das Weisse Band – Michael Haneke – 2009 – Cinemas)
Alguns cineastas precisam de um verdadeiro aparato tecnológico – trilha sonora, fotografia, maquiagem – para criar um clima de suspense. Outros, como Alfred Hitchocock, precisavam simplesmente usar nossa imaginação. A imaginação do ser humano é poderosa, ela ultrapassa as barreiras da realidade, Michael Haneke sabe disso, talvez por sua formação em psicologia, para o cineasta alemão uma porta fechada pode conter uma imagem de violência forte e pesada.
A mãe e mulher do pastor corta e enrola dois pedaços de fita branca. Parece enxugar uma lágrima. Primeiro chama Klara no andar superior e depois abre uma porta para chamar Martin, seus dois filhos mais velhos. Eles já sabem do que se trata, cabisbaixos acompanham a mãe até o fim do corredor e entram na porta em frente. A câmera de Haneke fica imóvel no começo do corredor, sua marca registrada, mostrando a porta fechada.
Passam 10 segundos de um silêncio absoluto e ela se abre. Martin sai e entra em outro cômodo da casa, a câmera o acompanha. Ele sai de lá segurando algo. A câmera se posiciona no seu lugar novamente, imóvel, e vê-se que o adolescente carrega uma vara. Ele entra novamente na porta do fim do corredor e fecha. Mais 26 segundos, mas dessa vez o silêncio absoluto é quebrado pelo som da vara batendo em algo e os gritos de dor de lá emanados.
Alguns cineastas precisam de um verdadeiro aparato tecnológico – trilha sonora, fotografia, maquiagem – para criar um clima de suspense. Outros, como Alfred Hitchocock, precisavam simplesmente usar nossa imaginação. A imaginação do ser humano é poderosa, ela ultrapassa as barreiras da realidade, Michael Haneke sabe disso, talvez por sua formação em psicologia, para o cineasta alemão uma porta fechada pode conter uma imagem de violência forte e pesada.
A mãe e mulher do pastor corta e enrola dois pedaços de fita branca. Parece enxugar uma lágrima. Primeiro chama Klara no andar superior e depois abre uma porta para chamar Martin, seus dois filhos mais velhos. Eles já sabem do que se trata, cabisbaixos acompanham a mãe até o fim do corredor e entram na porta em frente. A câmera de Haneke fica imóvel no começo do corredor, sua marca registrada, mostrando a porta fechada.
Passam 10 segundos de um silêncio absoluto e ela se abre. Martin sai e entra em outro cômodo da casa, a câmera o acompanha. Ele sai de lá segurando algo. A câmera se posiciona no seu lugar novamente, imóvel, e vê-se que o adolescente carrega uma vara. Ele entra novamente na porta do fim do corredor e fecha. Mais 26 segundos, mas dessa vez o silêncio absoluto é quebrado pelo som da vara batendo em algo e os gritos de dor de lá emanados.
Comentários
Só descrevendo a cena, já arrepiou!
Kamila, vc é suspeita.
Rogério, a intenção é essa, é pra ver mesmo!
conseguiu entender meu blog? abraço!