Abraços Partidos

Los Abrazos Rotos – Pedro Almodóvar – 2009 (Cinemas)

O escritor Arthur Miller, depois de separar-se de Marilyn Monroe, casou e teve um filho. O rebento nasceu com síndrome de dawn e Miller não o quis ver nunca, mesmo com os insistentes pedidos da esposa. Depois de muitos anos o escritor dava uma palestra quando no final um jovem com síndrome de dawn se aproximou dele e lhe deu um abraço, sem reação Miller deixou, após alguns minutos de abraços, o jovem virou-se para ele e lhe disse: - Estou orgulhoso de você. Eu sou seu filho.

O cinema para Pedro Almodóvar é mais que autobiográfico, faz parte do corpo dele. Então seria correto dizer que seus filmes são seus filhos. Abraços Partidos é o novo rebento do cineasta, mas, em vez de puxar o pai, ele se parece com um dos seus irmãos mais velhos, Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (1988). O filme gira em torno de uma personagem masculino (mas não se engane, as mulheres terão papel essencial na trama). Harry Caine (Lluís Homar) é um roteirista de cinema cego que trabalha com a ajuda de uma amiga, a produtora Judit (Blanca Portillo) e seu filho Diego (Tamar Novas).

Paralelamente conhecemos a história de Lena (Penélope Cruz), uma secretária de um famoso empresário madrileno, que tem problemas com a saúde do pai.

É um filme morno, com uma bela e estruturada narrativa, que é o que segura e prende a atenção do espectador do inicio ao fim.

Comentários

Anônimo disse…
Mesmo não sendo um dos melhores do Almodóvar, sem dúvida é um belo filme. Sempre gosto muito de tudo o que o diretor tem para apresentar e com esse não foi diferente.
Kamila disse…
Já li opiniões distintas sobre esse filme, mas a unanimidade parece ser que esta não é uma das melhores obras do Almodóvar.

A historinha do filho do Arthur Miller, que abre o texto, me emocionou. :-)
Preciso ver, este filme muito me define!
Cintia Carvalho disse…
Oi!

Olha a história sobre o filho de Artur Miller é linda. Fiquei comovida com ela. E ficou bem em seu texto.

Sou fã de carteirinha de Almodovar. Adoro a forma como ele dirige e narra suas histórias. E como vc colocou, sim, seus filmes são seus filhos e este aqui é mais um deles.

Ainda não o vi, mas estou tão curiosa para assisti-lo. Vou aproveitar minhas férias de final de ano para ir ao cinema conferir. Tenho lido algumas resenhas e cr´ticas sobre ele e me parece que a história dividiu opiniões. Alguns gostaram muito e outros nem tanto.

Enfim, so mesmo depois de ver, poderei fazer minha avaliação. Mas, de uma coisa tenho certeza, deve ser um bonito filme. Quanto a isso não tenho dúvidas.

Um abraço.
Santiago. disse…
Acredito que os longas do Almodóvar são feitos para os amantes da sétima arte, e Abraços Partidos só vem mais uma vez comprovar isso. Acho que desta vez, ele quis sair um pouco do seu estilo habitual, tipo, mais emotivo e apaixonado, para ficar em um plano mais simbólico e de impacto estilístico e visual. Ele continua pecando ao incluir cenas que não acrescentam no argumento final do filme, mas que não chegam a prejudicar as atuações dos atores e atrizes. Esse não é o melhor dos seus filmes, mas não deixa de ser uma boa película. Eu recomendo assistí-lo, até porque só de ver a Penélope nas telonas, paga o ingresso. Resumindo, discordo de você sobre este longa.
Eu achei lindo, ótimo filme. Ainda estou babando por essas imagens e planos. Gostei quando disse que os filmes dele são como seus filhos.
Nao costumo tecer comparações, as evito o quanto posso, mas certamente esse não é um grande Almodovar, nem um Almodovar em grande forma. É apenas um dramalhão latino de corar plateia com discernimento mínimo. Esperemos pelo próximo, pois o último foi Woody Allen quem fez.