Estômago – A Gastronomic Story

Cozinha é simples Nonato. É como um quadro do Picasso. Simples, mas intenso.
O roteiro do filme nasceu em 2003, quando o escritor Lusa Silvestre enviou ao fotógrafo e documentarista Marcos Jorge três contos inéditos com histórias sobre comida. Um chamou a atenção do diretor, “Presos pelo Estômago”, à história de um homem que ganhava prestígio na prisão cozinhando para seus companheiros de cela. Porém era insuficiente para uma película. Era preciso inventar mais coisas, um roteiro de antes dele ir para prisão. Lusa e Marcos então desenvolveram a história de Nonato, contando como aprendeu a cozinhar, chegando a São Paulo. O título surgiu de metáforas relacionadas ao órgão: soco no estômago, ter estômago para enfrentar uma situação, e dor de estômago.
Homenageando os grandes filmes sobre culinária, Estômago recorreu a chef curitibana Geraldine Miraglia para tornar mais real as experiências gastronômicas de Nonato, assim como buscou o ex-presidiário Luiz Mendes Jr. para consultas nas cenas de prisão. No elenco, o baiano João Miguel dá show interpretando o paraibano Nonato. Seu par romântico, a estreante nas telonas Fabíula Nascimento, mantêm o espetáculo, e o titã Paulo Miklos faz uma participação especial com o bandido Etecétera.
Roteiro inspirado + Direção descontraída = um filme bacana sem aspirações de grandes prêmios, como parece ser a intenção de 99, dos 99 filmes nacionais produzidos por ano. Estômago é dos poucos que não tem o selo de “qualidade” da Globo filmes, e talvez esse seja seu maior trunfo.
Raimundo Nonato (João Miguel) é um paraibano que, como milhões de outros, vai a São Paulo buscar oportunidade na vida. Aprende a cozinhar e percebe que tem dom para a coisa. Se enrabicha pela prostituta Íria (Fabíula Nascimento), mas sua ingenuidade faz com que não perceba a condição da moça.
- Se tiver um pouquinho de alho, pimenta, cebola, azeite pra refogar, um pouquinho de queijo ralado e alecrim... Com o que tiver, nós dá jeito.
- É mesmo? Ô, Lino?
- Fala aí.
- Vê com os caras lá da cozinha lá meu. Manda eles trazerem esses bagulhos aí. E esse tal de alegrinho...
- Não é alegrinho não, é alecrim!
- Então...Alecrim! Traz esses negócios aí pro... Qual o teu nome mesmo, paraíba?
- Nonato Canivete.
- Ô Lino, traz pro Nonato esse Alecrim, que amanhã eu quero comer bem.
Comentários
João Miguel é bom demais!
Abs!
Abraço!
Saudações!
Abraços!