Em Águas Profundas
Cathching the Big Fish – David Lynch – 2008 (Livro)
O cineasta David Lynch se especializou em mostrar tipos bizarros em histórias não lineares. Mas, ao contrário do que se poderia sugerir de sua personalidade, Lynch é um viciado em meditação transcendental desde 1973, a partir do momento que se intrigou com a frase “a verdadeira felicidade está dentro de você”. Depois de descobrir que sua irmã já praticava, o diretor norte-americano resolveu ser adepto a prática, e fazem 33 anos que ele não deixa de meditar pelo menos uma vez por dia.
O livro é uma espécie de propaganda da meditação transcendental onde Lynch discorre de seus problemas em Hollywood, principalmente na produção de Duna, que ele renega, e seus processos de criatividade e, mais atualmente, sua obsessão pelo campo unificado, que é a junção de todas as coisas menores no “Eu interior”.
O livro, quase um pocket book, tem 193 páginas divididas em capítulos. A leitura é fácil e agradável e muitas vezes ficamos com gostinho de quero mais, como nos capítulos Fellini e Kubrick, que ele expõe sua admiração pelos mestres: “Eles começaram a falar: ‘David, ontem nós estávamos no Elstree Studios e encontramos o Kubrick. Ficamos conversando até que nos perguntou se não gostaríamos de ir à sua casa naquela noite para assistirmos ao seu filme favorito’. Aceitaram o convite e, quando chegaram lá, Stanley Kubrick exibiu o filme Eraserhead. Depois que soube disso, posso morrer em paz e feliz”.
Separei um capitulo do livro para reproduzir aqui no blog, chama-se MEDO.
Escuto muitas histórias a respeito de diretores que gritam com os atores ou que de alguma maneira os esganam para obter uma atuação. E alguns ficam tão amedrontados que pensam em cair fora. Mas acho que isso é uma piada, uma piada ao mesmo tempo patética e estúpida.
Quando se fica amedrontado, perde-se o interesse pelo trabalho. Hoje, muita gente tem esse tipo de emoção. Assim, o medo acaba se transformando em ódio e não se quer ir mais trabalhar. Depois, muitas vezes o ódio se transforma em ira dirigida aos chefes e ao trabalho.
Se vou para o set com medo, obtenho um por cento e não os cem por cento que poderia obter. E deixa de ser divertido estar com os outros. E deveria ser divertido. O que se espera tanto no trabalho como na vida é que estejamos juntos. Todos nascemos para sermos felizes, felizes como cachorrinhos abanando os rabinhos. Nascemos para viver uma grande vida, uma vida que se espera ser fantástica.
O cineasta David Lynch se especializou em mostrar tipos bizarros em histórias não lineares. Mas, ao contrário do que se poderia sugerir de sua personalidade, Lynch é um viciado em meditação transcendental desde 1973, a partir do momento que se intrigou com a frase “a verdadeira felicidade está dentro de você”. Depois de descobrir que sua irmã já praticava, o diretor norte-americano resolveu ser adepto a prática, e fazem 33 anos que ele não deixa de meditar pelo menos uma vez por dia.
O livro é uma espécie de propaganda da meditação transcendental onde Lynch discorre de seus problemas em Hollywood, principalmente na produção de Duna, que ele renega, e seus processos de criatividade e, mais atualmente, sua obsessão pelo campo unificado, que é a junção de todas as coisas menores no “Eu interior”.
O livro, quase um pocket book, tem 193 páginas divididas em capítulos. A leitura é fácil e agradável e muitas vezes ficamos com gostinho de quero mais, como nos capítulos Fellini e Kubrick, que ele expõe sua admiração pelos mestres: “Eles começaram a falar: ‘David, ontem nós estávamos no Elstree Studios e encontramos o Kubrick. Ficamos conversando até que nos perguntou se não gostaríamos de ir à sua casa naquela noite para assistirmos ao seu filme favorito’. Aceitaram o convite e, quando chegaram lá, Stanley Kubrick exibiu o filme Eraserhead. Depois que soube disso, posso morrer em paz e feliz”.
Separei um capitulo do livro para reproduzir aqui no blog, chama-se MEDO.
Escuto muitas histórias a respeito de diretores que gritam com os atores ou que de alguma maneira os esganam para obter uma atuação. E alguns ficam tão amedrontados que pensam em cair fora. Mas acho que isso é uma piada, uma piada ao mesmo tempo patética e estúpida.
Quando se fica amedrontado, perde-se o interesse pelo trabalho. Hoje, muita gente tem esse tipo de emoção. Assim, o medo acaba se transformando em ódio e não se quer ir mais trabalhar. Depois, muitas vezes o ódio se transforma em ira dirigida aos chefes e ao trabalho.
Se vou para o set com medo, obtenho um por cento e não os cem por cento que poderia obter. E deixa de ser divertido estar com os outros. E deveria ser divertido. O que se espera tanto no trabalho como na vida é que estejamos juntos. Todos nascemos para sermos felizes, felizes como cachorrinhos abanando os rabinhos. Nascemos para viver uma grande vida, uma vida que se espera ser fantástica.
Se em vez de instaurar o medo, a companhia oferecesse para todos um meio de mergulhar fundo – de expandir a energia e a consciência –, talvez as pessoas até trabalhassem de graça. Elas seriam mais criativas. E a companhia daria um salto à frente. Bem que podia ser assim. Não é a realidade, mas não seria difícil fazer isso.
Comentários
Abraços.
De qualquer maneira, preciso conferir mais obras dele, urgentemente.
Abs!
Abs!
Abraço!