O Franco-Atirador
The Deer Hunter – Michael Cimino – 1978 (DVD)
Prisioneiros de guerra, largados numa espécie de cela aquática, os jovens norte-americanos são inçados por soldados vietnamitas para um jogo da morte. A diversão é fazer os reféns usarem um revolver de tambor, com apenas uma bala, apontando para suas próprias cabeças emolduradas numa faixa vermelha.
Michael Cimino ganhou o Oscar de melhor diretor por esse filme, assim como o de melhor filme, que ele também produziu. Podemos então dizer que O Franco-Atirador é seu ponto alto em Hollywood. Porém, assim como é seu ápice, é o seu calvário.
O cineasta nova-iorquino voltou a ativa apenas em 2007, depois de 11 anos afastado do cinema, para a participação no segmento “No Translation Needed” do filme Cada Um com Seu Cinema (2007), produzido para o Festival de Cannes.
Para entender a carreira de Cimino é preciso compreender O Franco-Atirador. Bem recebido pela crítica, o filme não foi grande sucesso de público, afinal se tratava da primeira película sobre a guerra do Vietnã produzida por um grande estúdio, e dirigida pelo quase estreante – ele havia feito O Último Golpe (1974), um filme de assalto com Clint Eastwood e Jeff Bridges – Michael Cimino, também conhecido pelo seus métodos nada convencionais de filmar, como por exemplo pedir ao ator cuspir na cara de seu parceiro de cena. Mas também um cineasta de forte caráter – foi dele a idéia de abafar a noticia sobre a doença do ator John Cazale, que sofria de câncer terminal, e filmar todas suas cenas primeiro, porque sabia que o estúdio não aceitaria se soubessem. Cazale morreu logo após a conclusão do filme.
A película é uma pequena obra-prima sobre a juventude norte-americana de uma cidadezinha gelada, cuja produção de aço é a principal fonte da economia local. É aqui que três amigos, Michael (Robert De Niro), Nick (Christopher Walken) e Steven (John Savage), passam sua vida trabalhando na industria, bebendo no bar do amigo John (George Dzundza), e caçando veados nas montanhas, até irem para o Vietnã defender os Estados Unidos da América e nunca mais serem os mesmos.
Prisioneiros de guerra, largados numa espécie de cela aquática, os jovens norte-americanos são inçados por soldados vietnamitas para um jogo da morte. A diversão é fazer os reféns usarem um revolver de tambor, com apenas uma bala, apontando para suas próprias cabeças emolduradas numa faixa vermelha.
Michael Cimino ganhou o Oscar de melhor diretor por esse filme, assim como o de melhor filme, que ele também produziu. Podemos então dizer que O Franco-Atirador é seu ponto alto em Hollywood. Porém, assim como é seu ápice, é o seu calvário.
O cineasta nova-iorquino voltou a ativa apenas em 2007, depois de 11 anos afastado do cinema, para a participação no segmento “No Translation Needed” do filme Cada Um com Seu Cinema (2007), produzido para o Festival de Cannes.
Para entender a carreira de Cimino é preciso compreender O Franco-Atirador. Bem recebido pela crítica, o filme não foi grande sucesso de público, afinal se tratava da primeira película sobre a guerra do Vietnã produzida por um grande estúdio, e dirigida pelo quase estreante – ele havia feito O Último Golpe (1974), um filme de assalto com Clint Eastwood e Jeff Bridges – Michael Cimino, também conhecido pelo seus métodos nada convencionais de filmar, como por exemplo pedir ao ator cuspir na cara de seu parceiro de cena. Mas também um cineasta de forte caráter – foi dele a idéia de abafar a noticia sobre a doença do ator John Cazale, que sofria de câncer terminal, e filmar todas suas cenas primeiro, porque sabia que o estúdio não aceitaria se soubessem. Cazale morreu logo após a conclusão do filme.
A película é uma pequena obra-prima sobre a juventude norte-americana de uma cidadezinha gelada, cuja produção de aço é a principal fonte da economia local. É aqui que três amigos, Michael (Robert De Niro), Nick (Christopher Walken) e Steven (John Savage), passam sua vida trabalhando na industria, bebendo no bar do amigo John (George Dzundza), e caçando veados nas montanhas, até irem para o Vietnã defender os Estados Unidos da América e nunca mais serem os mesmos.
Dois anos depois Michael Cimino produziu O Portal do Paraíso (1980), um dos filmes mais caros da época. Seu grande épico foi completamente ignorado nos EUA e indicado a Palma de Ouro em Cannes de melhor diretor. O filme está na história do cinema norte-americano como o responsável pela venda da United Artist, famoso estúdio de Charlie Chaplin, para a MGM. Em 1990, Cimino se declarou único responsável pelo fracasso do filme. Com exceção do filme amaldiçoado de Hollywood, seus filmes posteriores, O Ano do Dragão (1985), lançado em DVD, O Siciliano (1987), também em DVD, a refilmagem de Horas de Desespero (1990), em VHS e Na Trilha do Sol (1996) também em VHS, podem ser encontrados nas locadoras para que façam seus julgamentos. Em breve serão resenhados aqui no Museu do Cinema.
Comentários
Quero muito assistir "Horas de Desespero", mas nao consigo achar em nenhuma locadora daqui de Salvador.
Abraços!
Esse aí me parece ser bacana, mais pelo entorno do que pelo conteúdo. Estou certo ou é só impressão?
Abs!
Não conheço muito do trabalho dele, mas assisti "O Franco-Atirador", que acho o filme perfeito sobre as transformações da guerra na vida daqueles que a vivenciam.
Dudu, eu sou suspeito para falar, pq adoro todos os filmes do cineasta, mas se não gostou dos outros dois, melhor nem se aventurar nesse.
Oi Kamila, não, o Cimino, apesar de gostar, não irá para a sala vip, acho que ele tá na intermediária...meu próximo nome tá entre um imortal do cinema e um esquecido e subjulgado.
O Christopher Walken está demais!
Belo post, Cassiano!
Abraço, e sucesso em 2008!
De Niro está fantástico, assim como o Chris Walken.
Abs!
O pior Kamila é que surgiu um novo nome...
Valeu Otávio.