Matadores de Velhinhas
The Ladykillers – Joel e Ethan Coen – 2004 (DVD)
“No mundo há dois tipos de pessoas: as que sofrem de falta de vigor e as que vão sofrer”.
Esse é o primeiro filme em que Joel e Ethan Coen aparecem nos créditos como diretores, antes eles sempre dividiam, Joel como diretor e Ethan como produtor. Matadores de Velhinhas é uma refilmagem do homônimo (ganhou? a “tradução” de O Quinteto da Morte aqui) de 1955 com Alec Guiness e Peter Sellers, indicado ao Oscar de melhor roteiro.
Com o elenco encabeçado por um Tom Hanks excepcional, irônico e numa interpretação comedida, apesar do exagero da personagem, e atuando sem grandes estrelismos com atores de pouca expressão, mas nem por isso sem talento, a película se passa no sul dos Estados Unidos, num bairro de negros, onde a trupe do PHd G. H. Dorr (Hanks) se instala na casa da viúva Sra. Munson (a competente Irma P. Hall) para, através do porão, fazerem um túnel até o cofre-quarto do cassino da cidade. Apesar das confusões que o quinteto protagoniza: dedos arrancados e comido pelo gato, problemas de diarréia, demissão e uma namorada curiosa, o plano é executado com perfeição e, sem deixar pistas, eles roubam o cassino. Mas, um imprevisto com a senhora Munson, acaba por jogar tudo no lixo!
Eu acabei de contar para vocês o filme todo, literalmente, e talvez se forem ler em outro lugar provavelmente terão essa mesma sinopse, que na verdade é um resumo da película. E podem apostar, isso não muda nada, pois no cinema dos Coen, com o perdão da brincadeira, o fim não justifica o meio, e sim o meio justifica o fim.
O genial dos Irmãos Coen é que, enquanto o mundo caminha numa direção, eles vão em outra oposta, sem se importar com nada, apenas se divertindo e criando uma filmografia que se não é perfeita, é digna do nome que as carrega. Isso é cinema, desde os irmãos Lumière, o resto é tentativa de fazer dinheiro.
“No mundo há dois tipos de pessoas: as que sofrem de falta de vigor e as que vão sofrer”.
Esse é o primeiro filme em que Joel e Ethan Coen aparecem nos créditos como diretores, antes eles sempre dividiam, Joel como diretor e Ethan como produtor. Matadores de Velhinhas é uma refilmagem do homônimo (ganhou? a “tradução” de O Quinteto da Morte aqui) de 1955 com Alec Guiness e Peter Sellers, indicado ao Oscar de melhor roteiro.
Com o elenco encabeçado por um Tom Hanks excepcional, irônico e numa interpretação comedida, apesar do exagero da personagem, e atuando sem grandes estrelismos com atores de pouca expressão, mas nem por isso sem talento, a película se passa no sul dos Estados Unidos, num bairro de negros, onde a trupe do PHd G. H. Dorr (Hanks) se instala na casa da viúva Sra. Munson (a competente Irma P. Hall) para, através do porão, fazerem um túnel até o cofre-quarto do cassino da cidade. Apesar das confusões que o quinteto protagoniza: dedos arrancados e comido pelo gato, problemas de diarréia, demissão e uma namorada curiosa, o plano é executado com perfeição e, sem deixar pistas, eles roubam o cassino. Mas, um imprevisto com a senhora Munson, acaba por jogar tudo no lixo!
Eu acabei de contar para vocês o filme todo, literalmente, e talvez se forem ler em outro lugar provavelmente terão essa mesma sinopse, que na verdade é um resumo da película. E podem apostar, isso não muda nada, pois no cinema dos Coen, com o perdão da brincadeira, o fim não justifica o meio, e sim o meio justifica o fim.
O genial dos Irmãos Coen é que, enquanto o mundo caminha numa direção, eles vão em outra oposta, sem se importar com nada, apenas se divertindo e criando uma filmografia que se não é perfeita, é digna do nome que as carrega. Isso é cinema, desde os irmãos Lumière, o resto é tentativa de fazer dinheiro.
Eu deixei minha carteira em El Segundo.
Comentários
Engraçado como eles fazem isso propositalmente. Deve ter algum sentido, no fim das contas.
Se bem que quem nao conhece nada dos Coen, ou pelos menos nunca ouviu falar, provavelmente se contenta com qualquer coisa mesmo. Sei lá, é como falasse, é coisa de genio mesmo.
Engraçado como eles fazem isso propositalmente."
Esta é o mais claro exemplo do puxa-saquismo cego que alguns ditos "cinéfilos" costumam aplicar à seus ídolos: nem quando eles erram, estes são capazes de admiti-lo, disfarçando as falhas sob um fajuto pretexto de "genialidade".
Ah, sejamos sentatos: esta é a pior comédia dos irmãos Coen, que tenta modernizar o filme original mas não passa de uma cópia sem expressão, com um humor rasteiro e atuações sofríveis. Portanto, os Coen foram falhos, erraram, perderam a mão na direção e fizeram um filme ruim, qual o problema nisso?
Eles fizeram um filme ruim de propósito, é? É isso mesmo que eu entendi? Os Coen fizeram uma produção milionária, como todas de Hollywood, de distribuição mundial, com Tom Hanks na frente do elenco e vocês vêm dizer que eles só queriam "brincar de filmar", sem a mínima responsibilidade comercial ou cuidado com suas carreiras?
Ah, dá licença, porra!
Vocês falam muita besteira também, admitam.