Diane Arbus

"Para mim o sujeito de uma fotografia é sempre mais importante que a fotografia. E mais complicado..."

Diane Nemerov ficou mundialmente conhecida como uma fotógrafa norte-americana, célebre pelas suas fotos de pessoas incomuns em poses e expressões enigmáticas. Personagens carregadas de traumas vividos por sua própria condição social. Veja um pouco do seu trabalho aqui. Diane se casou aos 18 anos com o fotografo Allan Arbus, com quem começou no ofício. Utilizando do flash, mesmo para fotos durante o dia, o que permitia destacar a figura principal, o fator principal dos trabalhos de Diane.

Após a separação do marido, ela passou a colaborar e aprender a arte da fotografia com Alexey Brodovitch e Richard Avedon, passando a trabalhar com fotojornalismo de moda para revistas como Esquire, The New York Times Magazine, Harper’s Bazaar e Sunday Times, entre outras, já utilizando a Reflex de médio formato Rolleiflex com dupla objetiva, em detrimento das máquinas de 35 mm. Com a Rolleiflex teria melhores panorâmicas, maior resolução, e um visor à altura da cintura que lhe proporcionava uma relação mais próxima com o fotografado.

Sua primeira exposição, em 1967, na coletiva New Documents Museum of Modern Art, resultou num catálogo que hoje é considerado um dos livros mais influentes de fotografia, com mais de 100 mil cópias vendidas.

Diane cometeu suicídio tomando barbitúricos e cortando os pulsos, foi encontrada morta na banheira vazia de sua casa em 26 de Julho de 1971.

Em 1972, Arbus tornou-se a primeira fotógrafa americana a ser escolhida para a Bienal de Veneza. “Arbus é uma prova concreta de que a técnica fotográfica não funciona apenas como o rastro luminoso de um referente, mas, como algo muito sutil no território das emoções. Um índice da atitude de quem utiliza a fotografia para obter mais que uma imagem memorial”.

Leia o post sobre A Pele (2006), com Nicole Kidman interpretando Arbus. Veja o trailer aqui.

Comentários

Anônimo disse…
”Um índice da atitude de quem utiliza a fotografia para obter mais que uma imagem memorial”.

E Nicole Kidman mais uma fez na pele (desculpa o trocadilho) de uma personagem feminina real muito interessante (depois de Virginia Woolf), acho que atriz nenhuma teria capacidade para tanto.

abs!
Kamila disse…
Cassiano, conheço um pouco da vida e da obra da Diane Arbus e acho que ela, ao fotografar as pessoas que ela chamava de "freaks" em um ambiente natural, fazendo coisas que todos nós fazemos no nosso dia-a-dia queria, na verdade, encontrar um pouco da alegria da vida que faltava à ela.

As fotografias dela são lindas.

Belo post!
Marcus Vinícius disse…
Há um tempo atrás, um amigo que mora no Canadá me mandou o trailer desse filme. Me pareceu bem interessante e ainda tem o 'maldito' Robert Downey Jr. no elenco.

Cassiano, pergunte a um colorado hoje como que ele faz pra passar no vestibular da ULBRA, hehehehe. Abs
Museu do Cinema disse…
Túlio, sou suspeito para falar da Nicole Kidman, acho uma atriz talentosissima.

Kamila, obrigado, tb gosto das suas fotos, acho que a intenção da Arbus era mostrar um lado da vida marginalizado, mas humano. E conseguia. E tomara que tb tenha sua estréia por ai.
Museu do Cinema disse…
ULBRA? Pensei que fosse marca de material esportivo Marcus.
Túlio Moreira disse…
Com certeza, Cassiano. É mesmo uma pena que esse A Pele não tenha atendido às espectativas (de grande bilheteria, apesar de o filme me parecer muito bom).

abs!
Museu do Cinema disse…
Pelo contrário Túlio, vejo isso como uma alta expectativa, pois ultimamente as grandes bilheterias são do quilate de O Motoqueiro Fantasma, então quando um filme vai mau já fico cheio de expectativas.
Anônimo disse…
Sim, Cassiano, por esse lado você tem razão. O filme (pelo que vi no trailer) me pareceu muito bom mesmo, dramático, mas com algo de suspense em torno da tricotomia. Claro que temos que distinguir o que vai bem nas bilheterias mas não é bom; o que não antende nas bilheterias mas é bom, e o que é bom e fatura alto. As três hipóteses são possíveis.

Abraço!
Museu do Cinema disse…
Então nesse caso Túlio, é melhor ir pelo trailer mesmo, eu só não sei se o suspense nesse caso ajuda, de qualquer forma, só vendo mesmo.
Anônimo disse…
Valeu por esse texto! Agora já vou ver "A Pele" com algum embasamento. Espero esse filme já há um bom tempo, mas agora que está para estrear não estou com muita expectativa - o que é bom, já que espero ser surpreendido com um belo filme (mas que não seja um novo "Reencarnação" para a carreira da Nicole).
Museu do Cinema disse…
É Vinícius, tomara que não seja um Reencarnação.

Hoje li uma crítica que diz que David Lynch seria a pessoa certa para dirigir esse filme.
Túlio Moreira disse…
Concordo, Cassiano. O trailer tem um "quê" de O Homem Elefante e nas mãos de Lynch seria bizarria na doce exata.

abs!
Museu do Cinema disse…
Eu sou suspeito para falar, mas para te irritar Túlio, eu queria ver Lynch refilmando Conflitos Internos, seria surreal.
Anônimo disse…
hehehehehe, qualquer filme refeito por Lynch se torna surreal!

Abs e bom final de semana!
Kamila disse…
Infelizmente, "A Pele" não estreou aqui. E espero que não demore muito para chegar em minha cidade.

Bom final de semana, Cassiano!
Museu do Cinema disse…
Bom final de semana Túlio e Kamila!
taca???
desde agosto de 2005???
é um museu msm hein???
^^
Museu do Cinema disse…
Sim, é um Museu, onde todos os que gostam de cinema são bem vindos Alexsandro.
Kamila disse…
Cassiano, essa é uma boa notícia para você - se você mora no RJ.

Morricone no Brasil

A boa nova foi dada por José Wilker, meio que en passant, durante a transmissão do último Oscar: Ennio Morricone, homenageado na premiação americana, vem ao Brasil em breve.

Agora vêm a confirmação e os detalhes: o maestro italiano será o destaque do festival Música em Cena, um grande festival sobre trilhas sonoras para o cinema, que acontecerá entre 5 e 12 de maio no Rio. Autor de trilhas clássicas como as de “Era uma vez no oeste”, “Três homens em conflito”, “Os intocáveis” e “A missão”, Morricone regerá um concerto dedicado a sua obra, à frente da Orquestra Petrobras Sinfônica, no dia de abertura de evento, no Municipal carioca.

Mas ele não será o único destaque do festival. Também vêm ao Brasil o argentino Gustavo Santaolalla, ganhador dos últimos dois Oscars de melhor trilha, por “O segredo de Brokeback Mountain” e “Babel”. Ele fará uma apresentação com seu grupo de tango eletrônico Bajofondo Tango Club. Completam o time internacional o libanês Gabriel Yared (”O paciente inglês”) e a americana Lisbeth Scott (”Paixão de Cristo”).

Além disso, o brasileiro Julio Medaglia regerá um concerto de música do cinema brasileiro, com um repertório que irá de “Ganga Bruta” (1933) a “Olga” (2004). O festival está com toda pinta de programa imperdível.
Museu do Cinema disse…
Oi Kamila, obrigado pela notícia, mas não sou do Rio não, sou de Salvador.

Uma pena que só os cariocas tenham esse privilégio. E o pior, deverei estar no Rio um mês depois...
Kamila disse…
Adoro Salvador, Cassiano.

É realmente uma pena que somente os cariocas tenham o privilégio de ver o Morricone. Uma pena maior é sua viagem não coincidir com este evento. Senão, tenho certeza de que você faria uma forcinha para estar lá.
Museu do Cinema disse…
Com certeza Kamila, o Morricone é um show imperdivel, não só para quem gosta de cinema.
Túlio Moreira disse…
Até hoje não devolvi a um amigo um cd com músicas de trilhas de cinema, especialmente por causa de algumas faixas do Morricone...
Museu do Cinema disse…
Túlio, cd do Morricone não se empresta, no máximo se faz uma cópia. Como esse seu amigo "emprestou", você merece mais do que ele.

Brincadeira.
Túlio Moreira disse…
Tem razão, Cassiano! Concordo plenamente com você! :P

Esse cd é muito interessante, reúne trilhas de filmaços como O Poderoso Chefão, Três Homens em Conflito e O Mágico de Oz... Devolvo nem!!!!!!
Túlio Moreira disse…
hehehehehehehe

Você devolve?