Amor em 5 tempos

5X2 Cinq Fois Deux – François Ozon – 2004 (DVD)

Cinco momentos na vida de um casal, Gilles (Stéphane Freiss) e Marion (a camaleônica atriz italiana Valeria Bruni-Tedeschi, de Munique) tentam descobrir o porque do relacionamento ter acabado. Narrados em desordem cronológica, o filme foi dividido em 5 partes: O divórcio, jantar com amigos, o nascimento do filho, o casamento e o começo do romance. Ou seja, Ozon começa o filme do final.

Simples e bonito. Essa é a melhor definição para o filme. O talentoso cineasta francês François Ozon (um nome a guardar) traça o perfil de um casal aparentemente perfeito que se separam, sem um motivo aparente, e ainda brinca com o espectador para que ele faça uma análise daquele relacionamento e tente descobrir o fator do fracasso daquela união. A edição é o grande trunfo nas mãos do diretor, é através da montagem que ele consegue transformar o roteiro.

Além da ótima direção, o elenco parece se envolver com a história, o que a torna ainda mais perfeita, vista que o roteiro tem uma veracidade típica do cinema francês, e completamente contrária à ilusão a que estamos acostumados do cinema norte-americano. Às vezes é ótimo desopilar a mente com um filme para debate diante da enxurrada dos filmes de Hollywood, e esse é uma película para uma boa conversa numa roda de amigos.

Comentários

Carla Martins disse…
Ouvi falar muito bem desse filme, mas ainda não assisti... :(

Depois da sua recomendação, só me resta providenciar, em breve!

Beijo
Otavio Almeida disse…
Cassiano, hj tem MAGNÓLIA no canal A&E, às 22h. Vou gravar para garantir. Vejo até domingo (no máximo), ok? Depois te conto se gostei... vi só na estréia no cinema. Faz tempo...

Abs!
Museu do Cinema disse…
Carla, é um filmão, mas é uma obra de discussão de relação, acho que vc gostará!

Otávio, se pudesse te emprestaria meu Magnólia, que guardo a 7 chaves. Tenho a impressão que vc mudará de opinião.
Também já li coisas boas sobre. Parece ser ideal pra se ver com a namorada.... ou a com a amante. =D

Cassiano, dá uma olhada nesse link:
http://img90.imageshack.us/my.php?image=asestrelasnr5.jpg
O marketing mandou muito bem nisso. Saudações e abraços!
Kamila disse…
Também ouvi muito falar desse filme, mas ainda não o assisti.

No entanto, Cassiano, vi duas dicas de filmes que você nos deu aqui no blog.

O primeiro foi "Álibi". Adorei esse filme. O roteiro é muito bom e isso fica claro naquela cena final no hotel, que é muito bem construída.

O segundo foi o tão falado e discutido "Conflitos Internos". Acho que, se eu não tivesse assistido "Os Infiltrados", teria achado o começo de "Conflitos" muito confuso. As coisas vão acontecendo sem explicação. O filme do Scorsese, é verdade, repete muitas cenas e movimentos de câmera, mas acho que ele esclarece muita coisa que fica mal explicada por "Conflitos". O William Monaham deu uma história de vida por trás dos dois infiltrados e os desfechos ficam mais bem explicados, pois o Monahan desenvolve bem alguns personagens, como a psicóloga e o amigo policial do Colin.

Na briga entre Hong Kong e EUA, fico com "Os Infiltrados".

Bom final de semana!
Túlio Moreira disse…
"desordem cronológica". Ótima sacada!

François Ozon, já ouvi falar muito dele e quase tive a oportunidade de assistir O tempo que resta, mas infelizmente não deu... É um cineasta que quero muito descobrir.

Ah, Magnólia é um puta filme mesmo!

abs!
Museu do Cinema disse…
Puts Marcus, sem palavras, que pena que os jogadores tb não deram espetaculo para ser uma noite memoravel.

Kamila, o filme é um pouco confuso no ínicio, concordo, mas no final tudo se esclarece, de resto discordo de tudo que vc disse.
Museu do Cinema disse…
Túlio, esqueça Scorsese rapidamente e conheça essa cineasta francês urgentemente.
Kamila disse…
Tudo bem, Cassiano. Agora vou ver se encontro o prequel e a sequência de "Conflitos Internos". Acho que essa será uma tarefa bastante difícil.
Anônimo disse…
Cassiano, simplesmente impossível! Scorsese, De Palma e Altman são cineastas sem os quais não consigo viver! Se tivesse que salvar a obra de um grupo seleto de diretores, com certeza seria desse trio... Claro, juntando a eles Hitch, John Ford, Kubrick e Fellini..

abs!
Museu do Cinema disse…
Olha Kamila, não vale a pena não! O original é ótimo, mas as sequencias, são bem sofriveis.

Ahh sim Túlio, quando comecei a fazer a sala vip pensei em colocar os nomes dos cineastas que mais gosto, fã mesmo, e ai pensei, puts, vão ser poucos, sabe q me enganei, se parar para pensar, pipoca nomes!
Anônimo disse…
Vi esse filme em casa ano passado, gostei muito, e fiquei feliz por entender um filme do Ozon, visto que o anterior ("Swimming Pool"), me deixou com a pulga atras da orelha no final. Apesar desse recurso do tras pra frente jah ter sido usado algumas tantas vezes no cinema, nesse filme foi muito feliz, principalmente devido a boa atuacao dos protagonistas (Valeria Bruni, maravilhosa). Mas o meu frances do ano passado foi "Cache".

Cassiano, acho muito bom que vc poste sempre resenhas sobre filmes "nao-hollywoodianos", continue assim! Eu gosto dos filmes americanos, afinal, me tornei cinefila assistindo a esses filmes, tanto os classicos, quanto contemporaneos, mas sempre guardei um lugar especial para filmografias estrangeiras, desde o inicio. Infelizmente os cinemas brasileiros nao passam tantos filmes estrangeiros (leia-se: nao falados em ingles) tanto quanto deveriam.
Susana Fonseca disse…
Dos meus favoritos do Ozon!!!
Museu do Cinema disse…
Sem duvida Romeika, acho fundamental ter essa cultura cinematográfica. Claro que não á fácil, visto que nos cinemas é raro, e achar um bom nome nas locadoras é dificil.

Mas estou sempre a procura e tenho uma paixão muito forte pelo cinema italiano.

Eu penso mais ou menos como na industria fonográfica, ou seja, não gosto de ficar vendo filmes que eles (a industria) me colocam para assistir. Quero ter opções!

Obrigado pela opinião inteligente.
Túlio Moreira disse…
Cassiano, apesar de eu sempre ter gostado mais do cinema americano (sem dúvida é o meu preferido), também procuro conhecer o máximo que posso de outros cinemas. Nos últimos tempos, tive agradáveis surpresas com o cinema argentino (vi A História Oficial, belíssimo), francês (conferi O Oitavo Dia, um clássico moderno) e iraniano (tive o prazer de ver alguns dos melhores filmes do Abbas Kiarostami).

Vou procurar conhecer mais o cinema italiano também (que lembro de ter gostado muitíssimo da comédia romântica Pão e Tulipa, um primor).

abs!
Museu do Cinema disse…
O cinema norte-americano é o mais próximo Túlio, ele faz parte já de nossa cultura, a influência é enorme, e não falta qualidade, o problema é que a quantidade supera e muito.

Vc é um cinéfilo que tá sempre buscando essa experiência em outros países, isso é muito positivo. Mas nada contra o cinema de hollywood, pelo contrário.

De 9 nomes da sala vip, 3 são norte-americanos, e se contar com Sam Mendes, um inglês em Hollywood, vamos para 4.

O que interessa é filme bom, brasileiro, indiano, italiano, francês...
Túlio Moreira disse…
É isso aí. Um dos melhores filmes que vi recentemente foi um iraniano de 1996, O Passageiro do Sul. Se você pesquisar na internet não vai encontrar nada sobre esse filme, o que não diminui a beleza da obra.

abs!
Museu do Cinema disse…
Já ouvi falar dele, vc viu nos cinemas? naquela sala que faz retrospectivas de cineastas estrangeiros?
Anônimo disse…
Isso! No famoso Cine Ouro!!!! Ultimamente está passando uma retrospectiva de filmes chineses pouco conhecidos - vi alguns, mas preferi não comentar no CK para não bagunçar a homenagem ao Martin Scorsese...

O Passageiro do Sul é um filmaço, muito bom, uma espécie de Central do Brasil do Irã.

abs!
Anônimo disse…
Olá, Cassiano! Acabo de ouvir o Enio. Tente este link: http://www.mp3.com/metallica/artists/4201/summary.html?tag=download;play