Sunshine

Inauguro hoje um novo post chamado 1 filme, 2 visões, onde irei chamar convidados para resenhar um mesmo filme. E começamos com Sunshine (1999). Primeiro a minha versão, logo depois a de um convidado.
Sunshine – István Szabó – 1999 (DVD)
“Não aceite nada sem questionar. Verifique tudo por si mesmo”.
O cineasta húngaro István Szabó, o único da sua nacionalidade a ganhar um Oscar pelo filme Mephisto (1981), fez de Sunshine seu projeto mais pessoal. O diretor cresceu em meio ao nazismo e o comunismo, onde foi forçado a delatar amigos e conhecidos. E o filme narra a história de três gerações da mesma família obrigada a conviver com mudanças de governo. A grande mensagem que o roteiro, escrito pelo próprio Szabó, deixa no final é que muito de nossos ideais vem da nossa cultura e do momento político em que nossa vida atravessa em determinado ponto da história. Simples, mas verdadeiro.
Sonnenschein
Sunshine é o nome do revigorante – a receita é um segredo da família –, que traz fortuna aos Sonnenschein. O patriarca descobre que seu filho, Ignatz (Ralph Fiennes) está apaixonado por sua filha de criação, Valerie (Jennifer Ehle), em meio ao crescimento do sentimento anti-semita, que os obriga a mudarem de nome para Sors.
Sors
Na segunda geração, já no período do holocausto, a família se desestrutura e, entre os sobreviventes, Adam Sors (Ralph Fiennes), reconstrói sua vida com a lembrança do assassinato do pai a sua frente, num campo de concentração.
A terceira geração, e onde o filme se concentra mais, é baseado na verdadeira história dos esgrimistas húngaros e judeus Endre Kabos e Attila Petschauer, campeões dos jogos olímpicos de 1936 em Berlim e mais uma vez interpretado por Fiennes, um excepcional ator. A película ainda traz um ótimo elenco, com destaques para Rosemary Harris, de Homem-Aranha, Rachel Weisz, Deborah Kara Unger e William Hurt.
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A Saga de uma família judia
* Por Gutember Cruz, jornalista, blogueiro (blog do Gutemberg) e constante colaborador desse espaço.
Três horas para contar a saga de uma família judia. Assim é Sunshine, o Despertar de um Século, filme de István Szabó. A família enfrentou os nazistas até o legado comunista. Haja sofrimento. O ator Ralph Fiennes vive pai, filho e neto, interpretando três gerações da família Sonneschein, um clã judeu que vai perdendo sua identidade para sobreviver em meio ao anti-semitismo, guerras e perseguições políticas.
No início ele é um advogado que é aconselhado a trocar seu sobrenome judeu. Vem a Primeira Guerra Mundial e ele vai participar do conflito. Seu filho, um esgrimista, sofre o mesmo preconceito e é obrigado a se converter ao catolicismo. A família é perseguida com o crescimento do anti-semitismo e o rapaz é executado na frente do filho Ivan. Para se vingar, Ivan persegue os nazistas e entra em conflito comunista.

* Por Gutember Cruz, jornalista, blogueiro (blog do Gutemberg) e constante colaborador desse espaço.
Três horas para contar a saga de uma família judia. Assim é Sunshine, o Despertar de um Século, filme de István Szabó. A família enfrentou os nazistas até o legado comunista. Haja sofrimento. O ator Ralph Fiennes vive pai, filho e neto, interpretando três gerações da família Sonneschein, um clã judeu que vai perdendo sua identidade para sobreviver em meio ao anti-semitismo, guerras e perseguições políticas.
No início ele é um advogado que é aconselhado a trocar seu sobrenome judeu. Vem a Primeira Guerra Mundial e ele vai participar do conflito. Seu filho, um esgrimista, sofre o mesmo preconceito e é obrigado a se converter ao catolicismo. A família é perseguida com o crescimento do anti-semitismo e o rapaz é executado na frente do filho Ivan. Para se vingar, Ivan persegue os nazistas e entra em conflito comunista.

Trata-se da história da Hungria e os momentos mais dramáticos do século XX. Os bastidores do poder político de um nacionalismo histérico com forte pontuação racista anti-semita. Era a defesa da raça superior para dominar às outras. Raça superior? Que planeta é esse? Pode-se perguntar. Mas onde há política há ambição e tragédia, tenho certeza. Para quem deseja conhecer um pouco mais da sobrevivência de um povo judeu, assista. Vale a pena.
Comentários
Adorei este post e sua nova idéia! E agora, depois de lê-lo, estou louca para assistir ao filme!
Beijo!
Eu sou suspeito para falar pq adoro filmes de romance, talvez por isso tenha gostado de A Casa do Lago.
Abraço e até mais.
Kamila, corra para o DVD mesmo!
P.S.: Vai estrear Filhos da Esperança aqui em Goiânia. Vc já viu?
abs!
E vou precisar sim. Entrarei em contato.
Trabalho como assessor de imprensa do canal Eurochannel aqui em SP, além dos canais E!, The History Channel e A&E.
Em dezembro, o Euro passou três filmes do Szabó: MEPHISTO, CORONEL REDL e HANUSSEN. Fiz a ponte por telefone entre o diretor e a jornalista Lilian Fernandes de O GLOBO numa entrevista exclusiva. Eu só ouvi o papo quietinho no telefone, mas foi a maior emoção da minha vida conduzir essa entrevista... o Szabó falou que gosta da idéia de seus filmes serem exibidos na TV, além de elogiar o Klaus Maria Brandauer e outras coisas que ainda pretendo escrever lá no blog quando terminar de rever MEPHISTO, que está lá em casa.
Abs!
O Szabó comentou sobre a polêmica de que foi delator na época da guerra fria?
Aguardo a tua visita.
Abraços cinéfilos
Ele comentou que esses três filmes que citei falam sobre ditadura... que sua vida na Hungria foi influenciada por esse período...
Vc tem um e-mail onde eu possa te mandar a matéria?
Abs!
O e-mail é cinema.kabuki@gmail.com
Valeu demais! Abs!
Você é muito criativo!
Sunshine é um verdadeiro resumo das conseqüências mais marcantes e chocantes da década passada, o que torna um filme e documento obrigatório tanto para cinéfilos que gostam de cinema de verdade, tanto para um espectador comum que sempre analisa fatos como os passados no filme. Gostei de ambos pontos de vista.
Obs.: obrigado pela foto de Deborah Kara Unger em destaque, rsrsrsrsrss...
Obrigado, e gostaria de contar com sua colaboração também para futuras resenhas duplas dessa sessão.
Novamente obrigado pela foto, e fico te devendo um dia a resenha de Álibi!
Abraços e tudo de bom!