A Casa do Lago

The Lake House – Alejandro Agresti – 2006 (DVD)

Houve um tempo em Hollywood em que os cineastas orientais eram importados como laranja. Hoje, eles resolveram importar os filmes asiáticos.

Nesse filme, uma belíssima história de amor, a protagonista principal é a casa do lago. Construída pelo arquiteto Simon Wyler (Christopher Plummer), a morada virou uma obsessão e o fez se distanciar dos filhos e da esposa. Alguns anos mais tarde será o cupido do casal Alex (Keanu Reeves) e Kate (Sandra Bullock)

Misturando o longa sul-coreano, em que foi baseado, e o clássico Tarde Demais para Esquecer (1957), A Casa do Lago consegue a proeza de ser aceita com uma história inverossímil. Dirigido pelo cineasta argentino Alejandro Agresti, a história se passa em Chicago.

O Original, chamado de Siworae (2000), do diretor sul-coreano Hyun-seung Lee. Chamado de Il Mare internacionalmente, o filme ainda não foi lançado em DVD.
Il Mare é uma casa a beira de um lago. Kim (Ji-hyun Jun), ao entregar a casa, escreve uma carta ao novo inquilino, Han (Jung-Jae Lee), explicando algumas coisas e dando endereço para enviar cartas que cheguem no nome dela. Quando o inquilino responde, Kim descobre que a carta data de 1997, dois anos antes de ela ter escrito. Após descobrir que não foi um engano, os dois passam a trocar correspondências na caixa do correio da casa.
Esse paradoxo temporal ganha um roteiro romântico muito bem elaborado.

Comentários

Kamila disse…
Não assisti ao filme original e somente à refilmagem norte-americana. Você resumiu bem meus sentimentos sobre “A Casa do Lago”: um filme completamente inverossímil, por isso que fica difícil de a gente se envolver muito com a história do arquiteto interpretado (?) pelo Keanu Reeves e da médica interpretada por Sandra Bullock.

“A Casa do Lago” é mais um filme que faz parte da categoria: por quê decidimos refilmá-lo?
Museu do Cinema disse…
Olha Kamila, eu gostei do filme, mesmo que o Keanu Reeves seja sofrivel.

Confesso que não pretendia vê-lo, mas acabei me envolvendo, o filme me surpreendeu e é uma bela história de amor.
Anônimo disse…
Não concordo com a Kamila. Achei ótima a iniciativa da refilmagem e adorei o filme.

Acredito que quanto mais o filme fuja da nossa realidade, mais louvável é quando, mesmo assim, ele faz com que nos envolvamos com a história. Escrevi sobre o filme no meu blog há muito tempo (assisti ao filme no cinema) e lembor que chorei demais no final!

Na minha opinião, o filme é lindo, realmente.
Kamila disse…
O filme pode até ter uma história de amor inspiradora e bonitinha, mas tem um argumento muito mentiroso.
Museu do Cinema disse…
Sima Kamila, mais ou menos como Quero Ser John Malkovich.

A mentira, acaba virando a favor do roteiro. Eu confesso que sou mais da realidade tb, mas o absurdo aqui não é tão simples.
Anônimo disse…
Olá, Cassiano.

Os livros são encontrados facilmente em livrarias, mas ái vai o link no submarino:

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Sobre Robin Williams....deve ser mesmo um nome muito comum nos EUA, porque não é nem o cantor, nem o ator....e é uma mulher!!! Pode?

Beijo!
Museu do Cinema disse…
realmente Carla, depois dessa informação, quando ouvir esse nome ficarei calado.
Anônimo disse…
Hahahahahaha!
Kamila disse…
Certo, Cassiano. Mas, em "Quero Ser John Malkovich" a mentira faz parte do filme, tudo ali é exagerado mesmo e é para ser assim. Mas, numa história como a de "A Casa do Lago", essa mentira pega mal.
Museu do Cinema disse…
pega mal pq Kamila? e a mentira pode vir a ser verdade, afinal não conhecemos todos os mistérios da humanidade. Mas enfim...
Anônimo disse…
Cassiano, não vi nem o original nem o remake ainda, mas é uma opinião muito pessoal e até empírica o que vou escrever aqui: a maioria das refilmagens americanas de filmes orientais fica a dever até na fotografia! Parece que até a lente usada, as locações, tudo é mais com "cara-de-comercial"... não sei, mas imagino que o filme original seja muito mais carregado em poesia, se é que você me entende. Acho que isso é um problema da Hollywood moderna (ainda temos filmes americanos "poéticos" de vez em quando), e espero que não contamine rapidamente o cinema oriental.

abs!
Museu do Cinema disse…
Mas vc tem razão Túlio, só que todas as regras tem suas excessões. Eu vou mais pelo padrão norte-americano, talvez essa seja a grande mudança de um filme para o outro. Enquanto que o original pode usar e abusar da criatividade, o Hollywodiano já vem com o padrão definido.

É uma caracteristica de um cinema tão industrial. E mesmo o diretor sendo um argentino, ele não conseguiu imprimir seu estilo, ao contrário de Meirelles, que mesmo filmando um filme padronizado (O Jardineiro Fiel) conseguiu colocar suas caracteristicas de cineasta.

Bela visão Túlio!
Kamila disse…
A mentira pega mal, Cassiano, pois, pelo menos no meu caso, não se leva o filme a sério.