Jules & Jim

Jules Et Jim – François Truffaut – 1962 (DVD)

François Truffaut foi um dos pais da nouvelle vague, juntamente com Jean-Luc Godard e Claude Chabrol, ele formavam um grupo de críticos de cinema da revista francesa Cahiers du Cinéma. Jules Et Jim talvez seja o grande clássico dessa época.

Baseado no livro homônimo do francês Henri-Pierre Roché, pontuado pela citação de As Afinidades Eletivas do filósofo alemão Goethe, a película versa sobre as relações amorosas num triângulo, tendo em seu vértice a complicada e sedutora Catherine (Jeanne Moreau). Nas duas pontas, o alemão Jules (Oskar Werner) e o francês Jim (Henri Serre), dois grandes amigos que nem uma guerra, a 1ª Guerra Mundial, em que lutam em lados opostos, conseguiu acabar.

A relação dos três começa com uma amizade, até certo ponto inocente, até que Jules pede Catherine em casamento. Jim, que também ta apaixonado pela libertária Catherine, resolve ceder pela amizade, já que seu temperamento é mais comedido do que do amigo.

François Truffaut (1932-1984), mostra sua genialidade em cenas simples, como nas pausas das caretas de Jeanne Moreau (com quem começou um romance durante as filmagens), e nas legendas nos momentos em que Jules escreve cartas na guerra. O filme carece um pouco de agilidade em alguns momentos, mas temos também que descontar em se tratando de um filme de época, filmado em 62, sem muitos recursos. O filme é referência para muitos diretores da atual geração, Cameron Crowe o homenageou explicitamente no genial Vanilla Sky (2001), na cena do acidente de carro, e no pôster do filme no quarto de Tom Cruise. Tem também a belíssima canção Le tourbillon de la Vie, de Georges Delerue, que Moreau canta maravilhosamente.

Comentários

Anônimo disse…
vejo esse filme no sábado e depois escrevo um comentário completo aqui.
Museu do Cinema disse…
atenção ao modo de Truffaut conduzir as cenas e as suas caracteristicas que comentei no post.
Anônimo disse…
Olá! Adorei seu blog! Vou passar sempre por aqui! E vou linká-lo no meu agora mesmo!

Parabéns!

P.S.: A-D-O-R-E-I sua comentário sobre volver (http://museudocinema.blogspot.com/2006/11/volver.html). Tive exatamente as mesmas impressões ao ver o filme, que considero uma de suas melhores obras, juntamente com Tudo Sobre Minha Mãe.

Beijo.
Kamila disse…
Este é mais um filme que faz parte da lista: “tenho que assistir um dia”.
Museu do Cinema disse…
Obrigado Carla, respondi seu comentário no post de Volver.
Museu do Cinema disse…
Veja sim Kamila, vale a pena.

Para nós cinéfilos, ele é essencial, nos mostra a influencia que teve em cineastas atuais.