Cena de Cinema

Era Uma Vez na América (Once Upon a Time in AméricaSergio Leone – 1984 – DVD)

Essa é uma daquelas cenas que para sempre estaremos sem resposta. E é justamente ai que está todo o encanto e a genialidade do seu autor, Sergio Leone. Não indico que leia, quem ainda não viu o filme.

A cena começa logo depois que Noodles (Robert De Niro) descobre toda a farsa de seu grande amigo, Max (James Woods – soberbo), depois de quase 30 anos pensando que ele estava morto. Enigmático ele sai da mansão do amigo e vê alguns jovens se divertindo num carro. A cena corta para um Noodles mais jovem, entrando no teatro chinês (uma espécie de fumodromo de ópio), lá ele vai até uma tenda esperar que preparem seu trago, tudo isso ouvindo a maravilhosa canção de Ennio Morricone. Ele recebe o cachimbo, puxa o trago e deita-se tranqüilamente, Leone focaliza o rosto de De Niro de cima, do jeito que ele imortalizou, e para nossa surpresa, ele expressa uma calma, uma tranqüilidade e uma paz que não esperávamos de um homem como aquele, por tudo que passou. Ao mesmo tempo é impossível não fazer um paralelo com a última cena antes dessa, na qual ele descobre a traição. Ele está com a mesma expressão de anos antes no teatro chinês.
Após alguns segundos do “close Leone” e da música continuar em um tom, Noodles solta um sorriso encantador, acalmador e cheio de felicidade. É como se ele dissesse a todos nós, quase sussurrando, apesar de tudo, a vida é bela!

Comentários

Museu do Cinema disse…
Assista o quanto antes Alex. É um clássico e na minha opinião, um dos melhores filmes já feito.
Kamila disse…
Estou na mesma situação que o Alex. Não assisti ao filme, e seguindo sua recomendação, nem li o post. Mas, verei o filme assim que possível.
Anônimo disse…
Pq acho q seu texto descritivo/cenas flui mto bem.
Museu do Cinema disse…
Estarei aguardando Alex, bom filme.
Museu do Cinema disse…
Obrigado pelo elogio Túlio, meu ego agradece...brincadeira. Eu acho interessante sim escrever um roteiro, quem sabe depois desse elogio eu não me empolgo. E vc Túlio, além de poeta, almeja escrever roteiro tb?
Anônimo disse…
HEHEHEHHHEEHE, escrevi um curta certa vez, "A Grade", mas acho q ficou tão ruim q desisti da atividade...
Museu do Cinema disse…
Um curta? Não pensa em publica-lo no blog? Seria interessante!
Museu do Cinema disse…
risos...mas começa assim amigo, ou vc acha q Pulp Fiction já nasceu daquele jeito??
Anônimo disse…
Um dos melhores filmes de máfia que eu já vi até hoje (só perde para O Poderoso Chefão, que é imbatível). Traz Robert de Niro no auge da carreira (quando ele decidia o que queria interpretar e quando). Aquele tipo de filme em que sequer pensar sobre uma refilmagem seria um crime. Abração e obrigado pela visita a caverna. Não assisti Volver ainda (estou pensando em ir essa semana).
Museu do Cinema disse…
Alex, espero agora sua crítica no seu blog.
0 disse…
Esse cena é simplesmente a melhod cena da minha curta carreira de cinéfilo.
Dá vontade de fazer igual...entrar em um teatro chinês, esperar meu trago e ...Lindo demais!
0 disse…
Esse cena é simplesmente a melhod cena da minha curta carreira de cinéfilo.
Dá vontade de fazer igual...entrar em um teatro chinês, esperar meu trago e ...Lindo demais!