Veludo Azul
Blue Velvet – David Lynch – 1986
Propositadamente deixei Veludo Azul por último, apesar dele ter sido filmado antes de Coração Selvagem (1990), esse filme traduz o que é o cinema de David Lynch. Sua obra-prima, que muitos dizem ser um divisor de águas na indústria cinematográfica norte-americana, contém todas as suas esquisitices, sua habilidade e seus sonhos.
Segundo o crítico de cinema Michael Atkinson, que escreveu o livro: Veludo Azul, onde analisa o filme com profundidade e prova que a obra está além de qualquer crítica ou elogio: “merece ser incluído como um dos mais importantes filmes da década de 1980, e é referência para várias manifestações artísticas de sucesso que surgiram depois”.
Produção de 1986, sob a responsabilidade comercial de Dino de Larentis, Veludo Azul foi concebido enquanto Lynch dirigia Duna (1984). Eraserhead (1977), o primeiro filme, também foi uma referência. Blue Velvet reforçou sua marca de surrealismo pop, tão característica na película, que trouxe de volta à Hollywood o caráter autoral e a originalidade, típicos das produções de Hitchcock e Frank Capra.
Mesmo tendo recebido a Palma de Ouro em Cannes, a princípio, o filme foi mal recebido pela crítica e público. As reações foram violentas, e seu criador, acusado de pornografia e pretensão excessivas. A notória Pauline Kael (The New Yorker) elogiou, mas Michael Medved (Sneak Previews) considerou-o "o mais nauseante lodaçal de sujeira". No entanto, as opiniões adversas só engrandeceram a obra e confirmaram Lynch como a figura mais sui generis da capital mundial do cinema.
Atkinson sugere que a trama representa o ritual de passagem para a maturidade sexual do protagonista, interpretado por Kyle MacLachlan. Um ritual que compreende sadomasoquismo, voyeurismo, moralismo, drogas, submundos, violência
O enredo conta a história de Jeffrey (Kyle MacLachlan), estudante universitário que retorna à pacata cidadezinha de Lumberton e encontra uma orelha humana infestada de formigas no jardim de casa. Com a ajuda de Sandy (Laura Dern), filha do investigador da cidade, parte para a solução do mistério, que conduz à cantora Dorothy (Isabella Rosselini), que é açoitada pelo perverso Frank (Dennis Hopper), suposto seqüestrador do marido e do filho dela. A atração do jovem Jeffrey pela experiente e sedutora Dorothy se torna perigosa. Assista ao trailer aqui.
Novamente sua grife está presente no filme. A loira recatada e a morena fatale, as canções de época, em especial a que dá título ao filme e In Dreams de Roy Orbinson e as imagens surreais. Ouça a canção título aqui.
Propositadamente deixei Veludo Azul por último, apesar dele ter sido filmado antes de Coração Selvagem (1990), esse filme traduz o que é o cinema de David Lynch. Sua obra-prima, que muitos dizem ser um divisor de águas na indústria cinematográfica norte-americana, contém todas as suas esquisitices, sua habilidade e seus sonhos.
Segundo o crítico de cinema Michael Atkinson, que escreveu o livro: Veludo Azul, onde analisa o filme com profundidade e prova que a obra está além de qualquer crítica ou elogio: “merece ser incluído como um dos mais importantes filmes da década de 1980, e é referência para várias manifestações artísticas de sucesso que surgiram depois”.
Produção de 1986, sob a responsabilidade comercial de Dino de Larentis, Veludo Azul foi concebido enquanto Lynch dirigia Duna (1984). Eraserhead (1977), o primeiro filme, também foi uma referência. Blue Velvet reforçou sua marca de surrealismo pop, tão característica na película, que trouxe de volta à Hollywood o caráter autoral e a originalidade, típicos das produções de Hitchcock e Frank Capra.
Mesmo tendo recebido a Palma de Ouro em Cannes, a princípio, o filme foi mal recebido pela crítica e público. As reações foram violentas, e seu criador, acusado de pornografia e pretensão excessivas. A notória Pauline Kael (The New Yorker) elogiou, mas Michael Medved (Sneak Previews) considerou-o "o mais nauseante lodaçal de sujeira". No entanto, as opiniões adversas só engrandeceram a obra e confirmaram Lynch como a figura mais sui generis da capital mundial do cinema.
Atkinson sugere que a trama representa o ritual de passagem para a maturidade sexual do protagonista, interpretado por Kyle MacLachlan. Um ritual que compreende sadomasoquismo, voyeurismo, moralismo, drogas, submundos, violência
O enredo conta a história de Jeffrey (Kyle MacLachlan), estudante universitário que retorna à pacata cidadezinha de Lumberton e encontra uma orelha humana infestada de formigas no jardim de casa. Com a ajuda de Sandy (Laura Dern), filha do investigador da cidade, parte para a solução do mistério, que conduz à cantora Dorothy (Isabella Rosselini), que é açoitada pelo perverso Frank (Dennis Hopper), suposto seqüestrador do marido e do filho dela. A atração do jovem Jeffrey pela experiente e sedutora Dorothy se torna perigosa. Assista ao trailer aqui.
Novamente sua grife está presente no filme. A loira recatada e a morena fatale, as canções de época, em especial a que dá título ao filme e In Dreams de Roy Orbinson e as imagens surreais. Ouça a canção título aqui.
Comentários
Quanto a "crítica" Pauline, eu não li essa estupidez dela, mas falar mau de Scorcese é no mínimo ignorância.