Superman Retorno
Superman Returns – Bryan Singer – 2006
“O pai que se torna o filho, e o filho que se torna o pai.”
Superman talvez seja o desenho mais complexo de toda a história das HQ’s. A mitologia em torno do homem de aço é enorme, assim como seus fãs. Richard Donner transformou essa grandeza toda em um filme espetacular com Superman – O Filme (1978). Superar e fazer do mito uma franquia, como hoje em dia é usual, vide Homem-Aranha (2002), X-Men (2000), Batman Begins (2005), e outros por surgir, é algo muito complicado e nem todos os cineastas estão preparados para isso. Singer com certeza é o primeiro nome da lista dos diretores certos para essa empreitada.
Bryan Singer estreou no cinema com o excelente longa metragem Linha Direta – Public Access (1993) e tem ainda no currículo Os Suspeitos (1995) e O Aprendiz (1998). É de longe um grande condutor nas adaptações das revistas em quadrinhos para a grande tela, ele foi o responsável pelos 2 primeiros X-Men, e não foi diferente com Superman. Partindo da premissa justificável de ser uma continuação do filme de Richard Donner, Singer imprimiu logo nos minutos iniciais uma homenagem a Donner e ainda contou com a “colaboração” de Marlon Brando como Jor-El, depois tratou de colocar em prática as suas habilidades.
O roteiro é o grande aliado e o grande inimigo. Como o filme é uma continuação, ele parte da premissa que Superman/Clark Kent (o ator de TV, Brandon Routh) ficou 5 anos afastado. E o mundo continuou sem ele, sua amada Lois Laine (Kate Bosworth) casou e tem agora um filho, e ainda faz sucesso com o artigo intitulado “Porque não precisamos de Superman” que lhe rendeu um Pulitzer*. O problema é que fica mais do que na cara que os dois são a mesma pessoa. Outro ponto negativo do filme é a personagem de Lex Luthor (Kevin Spacey), enquanto que Gene Hackman tinha um duplicidade de personalidade extraordinária, variando do vilão sério ao vilão engraçado com a categoria que lhe é peculiar, Spacey apenas ensaia essa performance, que em nenhum momento é bem sucedida, apesar de ser um grande ator.
Luthor, agora um bilionário graças a uma herança de sua esposa, uma senhora da terceira idade, planeja roubar fragmentos do planeta Krypton, incluindo a famosa kryptonita, no Museu de História, e faze-lo de continente jogando, através de um lança-mísseis, no mar de NY!? Mas o grande defeito de Superman Retorno ainda estará por vir. É que teremos mais continuações, e ai não há criatividade no mundo que sustente, vira espetáculo para fazer caixa.
Enfim, o bom mesmo do espetáculo é ouvir novamente a legendária e arrepiante trilha sonora de John Williams, que continua com a mesma vitalidade do homem de aço, e fica incrível como sem ela parece que nosso super-herói é um simples mortal.
“O pai que se torna o filho, e o filho que se torna o pai.”
Superman talvez seja o desenho mais complexo de toda a história das HQ’s. A mitologia em torno do homem de aço é enorme, assim como seus fãs. Richard Donner transformou essa grandeza toda em um filme espetacular com Superman – O Filme (1978). Superar e fazer do mito uma franquia, como hoje em dia é usual, vide Homem-Aranha (2002), X-Men (2000), Batman Begins (2005), e outros por surgir, é algo muito complicado e nem todos os cineastas estão preparados para isso. Singer com certeza é o primeiro nome da lista dos diretores certos para essa empreitada.
Bryan Singer estreou no cinema com o excelente longa metragem Linha Direta – Public Access (1993) e tem ainda no currículo Os Suspeitos (1995) e O Aprendiz (1998). É de longe um grande condutor nas adaptações das revistas em quadrinhos para a grande tela, ele foi o responsável pelos 2 primeiros X-Men, e não foi diferente com Superman. Partindo da premissa justificável de ser uma continuação do filme de Richard Donner, Singer imprimiu logo nos minutos iniciais uma homenagem a Donner e ainda contou com a “colaboração” de Marlon Brando como Jor-El, depois tratou de colocar em prática as suas habilidades.
O roteiro é o grande aliado e o grande inimigo. Como o filme é uma continuação, ele parte da premissa que Superman/Clark Kent (o ator de TV, Brandon Routh) ficou 5 anos afastado. E o mundo continuou sem ele, sua amada Lois Laine (Kate Bosworth) casou e tem agora um filho, e ainda faz sucesso com o artigo intitulado “Porque não precisamos de Superman” que lhe rendeu um Pulitzer*. O problema é que fica mais do que na cara que os dois são a mesma pessoa. Outro ponto negativo do filme é a personagem de Lex Luthor (Kevin Spacey), enquanto que Gene Hackman tinha um duplicidade de personalidade extraordinária, variando do vilão sério ao vilão engraçado com a categoria que lhe é peculiar, Spacey apenas ensaia essa performance, que em nenhum momento é bem sucedida, apesar de ser um grande ator.
Luthor, agora um bilionário graças a uma herança de sua esposa, uma senhora da terceira idade, planeja roubar fragmentos do planeta Krypton, incluindo a famosa kryptonita, no Museu de História, e faze-lo de continente jogando, através de um lança-mísseis, no mar de NY!? Mas o grande defeito de Superman Retorno ainda estará por vir. É que teremos mais continuações, e ai não há criatividade no mundo que sustente, vira espetáculo para fazer caixa.
Enfim, o bom mesmo do espetáculo é ouvir novamente a legendária e arrepiante trilha sonora de John Williams, que continua com a mesma vitalidade do homem de aço, e fica incrível como sem ela parece que nosso super-herói é um simples mortal.
* Maior condecoração da literatura mundial.
Comentários
Concordo a respeito da atuação de Kevin Spacey. Achei que ele interpretou o Lex como um lunático. Mesmo assim, ainda acho o núcleo dele um dos pontos fortes do filme - especialmente a personagem da excelente Parker Posey.
Não gostei da Kate Bosworth como Lois Lane. Acredito que ela levou sua personagem muito a sério. Não se divertiu como devia.
Brandon Routh incorpora com perfeição o biotipo do Superman e não compromete.
E não posso deixar de concordar com sua última afirmação. Assim que comecei a ver a sequência inicial de créditos de "Superman - O Retorno", não pude deixar de conter um sorriso ao escutar a trilha de Williams. Simplesmente clássica!
http://images.usatoday.com/life/_photos/2006/08/02/flags-large.jpg