Festival de Cannes

Festival de Cannes 2006

Começa nessa quarta-feira (17), o 59º Festival de cinema de Cannes. Esse ano, o júri será presidido por Wong Kar Wai, o diretor chinês do cultuado 2046, além de ter como jurados a linda atriz Monica Bellucci, Helena Bonham Carter, a diretora argentina Lucrecia Martel, a atriz chinesa Zhang Ziyi, Samuel L. Jackson, o diretor francês Patrice Leconte, Tim Roth, e o diretor palestino Elia Suleiman.

Na mostra competitiva, 20 filmes disputam a palma de ouro, o espanhol Pedro Almodóvar com o seu Volver sobre uma mãe que volta a sua cidade natal depois de sua morte para consertar coisas que não conseguiu durante a sua vida, enquanto seu fantasma traz conforto as filhas e a neta. Há ainda o drama inglês Red Road, dirigido por Andrea Arnold, a comédia francesa La Raison Du Plus Faible, do diretor Lucas Belvaux, o drama francês Indigènes, de Rachid Bouchareb, o thriller argentino Crônica de uma Fuga, de Israel Adrian Caetano, e o turco Iklimler, de Nuri Bilge Ceylan.

Competindo com a sua visão estilizada de uma garota de Viena - Áustria, que em 1774 se tornou rainha da França aos 19 anos, Marie-Antoinette, tem a cineasta sensação Sofia Coppola. Tem ainda o drama português Juventude em Marcha, do diretor Pedro Costa, El Laberinto Del Fauno, o drama mexicano de Guillermo Del Toro, Flanders, o drama de guerra francês, de Bruno Dumont, o também francês Selon Charlie, de Nicole Garcia, e outro francês, Quand J´étais Chanteur, de Xavier Giannoli, com o ator Gerard Depardieu.

Ainda na mostra competitiva tem o aguardadíssimo Babel, com Brad Pitt e Cate Blanchett, do cineasta mexicano do excelente 21 gramas, Alejandro González Iñárritu, 3 histórias passadas no México, Japão, Tunísia e Marrocos, de um casal em férias atingidos por uma tragédia. Concorrem também o drama finlandês Laitakaupungin Valot, de Aki Kaurismäki, o musical Southland Tales, com Sarah Michelle Gellar, do diretor Richard Kelly, o polêmico Fast Food Nation, sobre a obsessão dos norte-americanos pelas comidas fast-food, do cineasta Richard Linklater, com Patricia Arquette, o painel sobre o republicanismo do século 20 no The Wind that Shakes the Barley, de Ken Loach, o chinês Summer Palace, do diretor Lou Ye e os italianos, Il Caimano, sobre o período Berlosconi na Itália do diretor Nanni Moretti e do cineasta Paolo Sorrentino, o drama L’amico di Famiglia.

Na abertura oficial irá acontecer a estréia do esperado O Código Da Vinci, que está fora da competição.

Comentários

Kamila disse…
Que júri eclético, hein? Isso é que é o mais interessante no festival de Cannes: seu júri, pois, por mais que você possa questionar a presença de um ou de outro no corpo de jurados, eles sempre parecem fazer, no final, a escolha certa e nos surpreendem de certa maneira.

Gostei bastante da lista de filmes a serem apresentados no festival. Estou particularmente interessada na reação à "Babel", "Volver", "Marie Antoinette", "Southland Tales" , "Fast Food Nation" e, é claro, "O Código Da Vinci".

Cassiano, algum filme brasileiro será apresentado em alguma das mostras de Cannes?
Anônimo disse…
é uma pena que Cannes não tenha a mesma repercussão de um Oscar, adoraria assistir aos filmes que vc comentou. Mas acho que o problema é mais nosso do que dos distribuidores de cinema, porque se esses filmes chegassem ao nosso cinema alguns seriam um desastre de bilheteria.
Museu do Cinema disse…
Kamila, saiu na Folha de SP de hoje (16/05).

Veja as listas da seleção oficial e demais seções paralelas do 59º Festival de Cannes. Além de "O Monstro", de Eduardo Valente (curta-metragem em competição), o Brasil também participa na seção de curtas-metragens da seleção da Cinefondation, com "Justiça e Insulto", de Bruno Jorge, e da seção paralela da Semana da Crítica com "Alguma Coisa Assim", longa de Esmir Filho.

"Ana, Sonhos de Peixe", produção brasileira do diretor Kirill Mikhanovsky, está na lista da 45ª Semana Internacional da Crítica. Já Walter Salles figura entre os diretores da obra coletiva "Paris, Je t'Aime", a ser exibida na mostra Um Certo Olhar (Un Certain Regard).
Kamila disse…
Muito obrigada pela informação, Cassiano. É muito bom ver os filmes brasileiros num festival tão importante quanto o de Cannes.
Museu do Cinema disse…
Concordo contigo Antônio, acho que metade desses filmes, e olha que tô sendo positivo, seriam um desastre de bilheteria, nós estamos muito mais pro cinema norte-americano do que europeu.